O
presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, orientou ontem à tarde, na cidade da
Beira, um comício popular destinado, conforme as suas palavras, a agradecer à
população que votou em si e no seu partido nas eleições gerais deste ano.
No
encontro, Dhlakama voltou a referir-se ao Estatuto de Líder da Oposição,
reiterando que não se destina a si, em particular, mas a qualquer candidato que
ocupar o lugar de segundo mais votado nas eleições presidenciais. “Já ouvi
dizer que esse estatuto é para corromper o Dhlakama. Se estou em Maputo é para
defender os vossos interesses. Não há dinheiro que compre o Dhlakama neste
país. Não há nenhum preço que compre Dhlakama. Maputo é a capital do nosso
país, por isso é que estou lá e isso deve ficar claro. Não deve haver dúvidas.
Se eu fico aqui convosco lá vão dizer que sou regionalista, tribalista. Dizem
que me foi dada casa pelo Presidente Guebuza. É mentira”, declarou Dhlakama,
recorrendo mesmo a línguas locais, ndau e sena.
Noutro
ponto da sua intervenção, o líder da Renamo jurou que não ia voltar a fazer
guerra e que os problemas devem ser resolvidos na base do diálogo.
Disse
ter recebido cartas de membros do seu partido a pedirem para ele não aceitar
que o país seja governado por pessoas que roubaram votos.
“Não
podemos fazer isso. Os problemas devem ser resolvidos pelo diálogo. Também sou
nervoso. Sei bater, mas se você bater vai perder razão. Correr não é chegar,
até porque alguns políticos aqui em Moçambique tentaram roubar roupa da Renamo.
Correram, mas nós não fomos atrás deles e eles devolveram-na. Eu estou a pedir
calma aos beirenses e que continuem a acreditar em Afonso Dhlakama.
2014 não é 94, não é 99, não é 2004. Este ano não vamos admitir, vamos governar
com eles. Não é preciso bater na Frelimo, nem andar nervoso, como não é preciso
ir à escola ou chamar os americanos para interpretarem o caso de votos
roubados”, declarou o líder da Renamo.
Notícias
(mz)
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