O
ex-candidato à presidência da Guiné-Bissau Nuno Na Bian lançou hoje um novo
partido, a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau
(APU-PDGB), que diz destinar-se a "provocar mudanças de que o povo
precisa" no país.
Nabian
apresentou publicamente o seu partido em Gabu, a 200 quilómetros a
leste de Bissau, mas avisou os militantes e simpatizantes para se prepararem
para intimidações e perseguições de que poderão vir a ser alvo, sobretudo nos
locais de trabalho.
"Toda
a luta política tem um risco e o partido não foi fundado contra ninguém, mas
sim para provocar mudanças de que o povo precisa", declarou o candidato
derrotado na segunda volta das presidenciais guineenses por José Mário Vaz, o
atual chefe de Estado.
Entre
os militantes do novo partido, contam-se dissidentes do Partido da Renovação
Social (PRS), fundado pelo ex-Presidente guineense Kumba Ialá, que morreu a 04
de abril, em plena campanha eleitoral, na qual era um dos principais apoiantes
da candidatura de Nuno Nabian.
Considerado
o 'delfim' de Kumba Ialá, Nuno Nabian, de 48 anos, alertou os seus apoiantes
para a possibilidade de virem a ser "alvos a abater", mas mostrou-se
preparado para travar a luta política para "a transformação radical da
Guiné-Bissau".
Engenheiro
de aviação civil formado na antiga União Soviética, Nabian é também mestre em
gestão de empresas, depois de ter estudado numa universidade nos Estados Unidos
de América.
Até
se candidatar à presidência da Guiné-Bissau, nas eleições gerais de abril e
maio deste ano, era presidente do conselho de administração da agência de
aviação civil da Guiné-Bissau.
A
APU-PDGB é a 38.ª força política existente na Guiné-Bissau num universo
eleitoral potencial de 650 mil eleitores, num país de 1,7 milhões de habitantes.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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