Activista
de Cabinda vai a julgamento na quinta-feira
Advogado
Arão Tempo continua preso e sujeito a "humilhações", segundo um
colega. Polícia recusa refeições vindas do exterior para o advogado.
Voz
da América
O
activista Marcos Mavungo, organizador de uma manifestação frustrada contra a
alegada má governação e violação dos direitos humanos em Cabinda, detido desde
sábado, vai a julgamento amanhã, 19.
Mavungo
faz face a acusações de sedição que implica atentados contra a segurança do
Estado.
O
advogado Arão Tempo, presidente do conselho provincial da Ordem dos Advogados
de Angola, em Cabinda, também foi detido no mesmo dia e foi acusado de
sedição num processo separado.
O
advogado José Damas, que acompanha o processo, mostrou-se indignado com a
detenção de Tempo que disse estar a ser humilhado na cadeia onde se encontra.
As
autoridades recusam-se a aceitar refeições vindas do exterior para Tempo que
foi preso num posto fronteiriço angolano com a República do Congo, onde,
segundo Damas, se tinha deslocado com um cliente.
O
advogado acusa as autoridades de “fabricarem” panfletos que dizem ter sido
encontrados na posse do colega ArãoTempo.
“Não
encontraram nenhum documento no veiculo de Tempo,” disse o Damas, lembrando
que, como presidente em Cabinda da Ordem dos advogados deveria gozar de
“imunidade”.
Activistas
vão a julgamento em Malanje
Advogado
diz que detenção dos elementos da União de Activistas das 18 Províncias foi
ilegal.
Isaías
Soares - Voz da América
Os
oito activistas da União de Activistas das 18 Províncias”detidos no último
final de semana serão julgados na próxima sexta-feira no Tribunal da Comarca de
Malanje, disse hoje nesta cidade o advogado da associação Mãos Livres, Salvador
Freire.
Freire
disse que a detenção foi ilegal e que a sua associação vai defender os cidadão
em tribunal.
Segundo
aquele casuídico, os réus foram presos porque pretendiam realizar a
manifestação mas nunca achegaram a realizá-la pelo que não houve “flagrante
delito”.
“A
polícia não pode continuar a prender pessoas quando não consegue provar, de
facto, que eles não realizaram a manifestação”, continuou.
Salvador
Freire está a acompanhar o caso que levou à detenção dos integrantes da
União de Activistas das 18 Províncias, que pretendiam realizar três
manifestações para exigir a reposição do 4 de Janeiro como feriado nacional em
memória do massacre de Cassanje ocorrido durante o colonialismo.
Ao
proibir as manifestações o Governo Provincial de Malanje referiu, num
comunicado de imprensa, que não é de sua competência a aprovação e revogação de
leis e, afirmando não havendo razão suficiente para a reclamação ao abrigo da
Lei 10/11, da data de celebração nacional proibiu a manifestação.
“Quaisquer
tentativas de perturbação da ordem e tranquilidade públicas merecerão o devido
tratamento pelos órgãos policiais e judiciais competentes”, disse o comunicado,
no qual pode-se ler ainda que "desta forma, a realização dessa manifestação
é claramente ilegítima e os seus agentes deverão ser responsabilizados”.
Em
carta endereçada ao Governo provincial de Malanje a que a VOA teve acesso, os
integrantes da União de Activistas das 18 Provinciais exigem a entrega de 25
residências do tipo T4, 400 mil dólares norte-americanos, nomeações para cargos
de directores provinciais, administradores municipais, tractores e outras
exigências.
Polícia
impede manifestação estudantil no Uíge
Reitoria
cedeu, no entanto, às exigências estudantis
Voz
da América
Os
estudantes da Escola Superior Politécnica do Uíge da Universidade Kimpa Vita
foram impedidos ontem, 17, pela polícia de se manifestarem nas ruas da cidade
contra medidas tomadas pela direção da escola.
Cerca
de 50 estudantes reuniram-se na escola para marchar até à reitoria da
universidade a fim de repudiarem a medida aplicada pela direção daquela
instituição referente a um comunicado que obrigava os estudantes do 1º ao 4º
ano, com idade superior a 24 anos, a frequentarem o período pós-laboral.
Num
comunicado, a direcção da escola disse que tinha sido forçada a mudar os
horários estudantis por vários motivos que causam constrangimento ao
funcionamento das aulas, nomeadamente o número excessivo de estudantes em
relação às salas de aulas, bem como o número reduzido de docentes.
Desta
forma os estudantes do período pós-laboral estariam sujeitos a pagar propinas
para sustentarem os estudos, medida que deixou descontente os universitários
que optaram por se manifestarem.
Enquanto
os estudantes se juntavam na escola, a polícia anti-motim fez um cordão
para impedir a saída dos mesmo.
Apesar
da manifestação ter sido abortada, a reitoria “respondeu positivamente ao nosso
protesto” e informou esses estudantes que não teriam que pagar propinas.
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