O
presidente do Partido Socialista teceu duras críticas ao Presidente da
República durante a sua intervenção no programa ‘Três Pontos’ da RTP Informação.
Carlos
César começou por se debruçar sobre as dívidas do primeiro-ministro à Segurança
Social, considerando que “não sendo esta questão absolutamente decisiva para o
país é, ainda assim, uma questão caracterizadora e que releva para o juízo que
os portugueses fazem do seu primeiro-ministro”.
O
presidente do PS continuou dizendo que “estes acontecimentos que envolveram a
sua conduta não tinham necessariamente de ter uma atitude de reprovação por
parte do Presidente da República, mas deveriam ter merecido uma cautela e um
silêncio que o Presidente não cultiva e devia cultivar”.
Aproveitando
a deixa, Carlos César acusou Cavaco Silva de ser “um agente eleitoral do
Governo (…) que faz tudo e fará tudo para que o PSD tenha um bom resultado nas
próximas eleições”.
O
presidente do maior partido da oposição apontou ainda ao Chefe de Estado o
facto de “procurar sempre uma desculpabilização dos atos negativos do Governo e
uma valorização dos aspetos positivos do Governo”.
Mas
não só. Na ótica do responsável socialista, o Presidente é “muito lesto em
fazer apelos aos partidos da oposição para apoiarem propostas do Governo e
pouco ágil no sentido de forçar o Governo a aproximar-se da oposição”.
“Essa
não é a conduta que um Presidente da República deve ter”, garantiu, referindo
que qualquer Chefe de Estado deve ter como critérios fundamentais “falar a
verdade aos portugueses, respeitar a diversidade de opinião dos portugueses
sobre a governação e dar o devido respeito à oposição”, acrescentou.
Posto
isto, Carlos César faz um “balanço muito negativo” dos dois mandatos de Cavaco
Silva enquanto Presidente da República, considerando que o Chefe de Estado “tem
sido um Presidente de polémicas e crispações” e que está “sequestrado nos
edifícios públicos” para evitar o contacto com o povo.
O
presidente do PS terminou dizendo que Cavaco tem sido um “Presidente muito
partidário que violou as regras fundamentais de arbitragem na sociedade e que
não soube congregar os portugueses”.
Patrícia
Martins Carvalho – Notícias ao Minuto
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