Ministra
da Defesa sul-africana diz que militares vão ser destacados para manter a ordem
em Alexandra, no subúrbio de Johanesburgo. Nas últimas semanas, ataques
causaram sete mortes e a fuga de milhares de estrangeiros.
O
governo sul-africano anunciou nesta terça-feira (21/04) que vai mobilizar o
Exército para combater a onda de violência xenófoba, que atinge as regiões de
Johanesburgo e Durban há 15 dias, já deixou pelo menos sete mortos e forçou
milhares a deixarem suas casas.
"O
Exército é a última linha de defesa e será utilizado como força de dissuasão
contra a criminalidade", afirmou a ministra da Defesa, Nosiviwe
Mapisa-Nqakula, durante visita a Alexandra.
A
cidade de Alexandra, nos arredores de Johanesburgo, é um dos principais locais
afetados pela onda de violência contra imigrantes, sobretudo os provenientes de
outros países do africanos.
Inicialmente,
os soldados deverão ficar apenas em Alexandra, mas poderão ser enviados para
outras áreas, como a província de KwaZulu-Natal. A região, que tem Durban como
capital, é desde março palco de atos de xenofobia.
No
sábado, um moçambicano foi morto em Alexandra e na madrugada desta terça-feira
um casal do Zimbábue foi atacado na cidade. Nas últimas semanas, imigrantes
foram apedrejados e queimados vivos.
A
África do Sul tem uma população de cerca de 52 milhões de pessoas, sendo cerca
de 5 milhões de imigrantes, em sua maioria de outros países do continente
africano.
Apesar
de uma economia relativamente bem sucedida, o país sofre com desemprego de 25%,
e críticos da imigração afirmam que os trabalhadores estrangeiros tiram o
emprego e as oportunidades dos nativos.
FC/afp/rtr/lusa
– Deutsche Welle
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