O
Governo da Guiné Equatorial anunciou hoje a ratificação de um acordo com a
petrolífera ExxonMobil para a exploração de petróleo na ilha de Bioko, na zona
norte do país, perto da fronteira com a Nigéria.
O
bloco EG-06 está localizado ao largo da ilha de Bioko, imediatamente a norte do
Bloco R, operado pela Phir Energy, e é adjacente à fronteira internacional com
a Nigéria, explica-se no comunicado de imprensa, que dá conta de que a gigante
petrolífera norte-americana já produziu mil milhões de barris desde que começou
a operar no país, em 1995.
Este
acordo, assinado a 16 de janeiro deste ano, mas só agora tornado público, prevê
que a ExxonMobil tenha uma participação de 71,25%, a GEPetrol 23,75% e os
remanescentes 5% serão do próprio Governo da Guiné Equatorial.
"A
ratificação deste acordo significa o início de uma nova aventura entre velhos
conhecidos e é expectável que seja tão bem sucedida como a primeira",
comentou o ministro das Minas, Indústria e Energia, Gabriel Mbaga Obiang Lima.
O
ministro acrescentou que "o acordo com um gigante petrolífero como a
ExxomMobil é um grande voto de confiança na Guiné Equatorial, mesmo num clima
de preços baixos, o que é uma prova acrescida de que a costa da Guiné
Equatorial continua a ser uma jurisdição apelativa para a exploração de
hidrocarbonetos".
A
produção de petróleo na Guiné Equatorial vai baixar este ano cerca de 8%, para
234 mil barris por dia, devendo continuar a cair até ao final desta década,
prevê a Economist Intelligence Unit (EIU) num relatório divulgado pela Lusa em
fevereiro.
De
acordo com o 'Country Report', uma análise do país, enviada no final de janeiro
aos investidores, "não há novos blocos a entrar em produção no curto prazo
e, apesar dos esforços para explorar ao máximo os poços mais antigos e do
desempenho robusto dos blocos mais recentes, a produção deverá cair para 234
mil barris por dia em 2015, descendo dos 254 mil estimados em 2014".
O
relatório acrescenta que "a produção deverá continuar a cair durante o
período da análise [até ao final da década] à medida que a produtividade dos
blocos mais antigos vai decaindo, anulando as melhorias dos mais pequenos e
recentes blocos".
A
Guiné Equatorial é o mais novo membro da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa, uma entrada que foi fortemente contestada por ativistas de direitos
humanos e estruturas da sociedade civil, que acusam o regime de Obiang de ter uma
ditadura repressora no país.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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