Banguecoque,
09 abr (Lusa) -- A Procuradoria indonésia anunciou hoje que a próxima execução
de vários condenados à morte por tráfico de droga, incluindo de um brasileiro,
vai ser adiada para depois do Congresso Ásia-África, previsto para o final do
mês.
"A
próxima celebração do congresso Ásia-África é a principal razão para a
suspensão", disse o porta-voz da Procuradoria, Tonny T. Spontana, que
inicialmente tinha indicado que a execução realizar-se-ia em abril, informa o
jornal The Jakarta Post.
O
cidadão brasileiro Rodrigo Gularte, detido em 2004 com seis quilos de cocaína
escondidos em pranchas de surf, e condenado no ano seguinte, 2005, figura entre
os 11 presos no corredor da morte, à espera de enfrentar o pelotão de
fuzilamento.
As
autoridades não querem levar a cabo as execuções enquanto estiverem na
Indonésia os líderes africanos e asiáticos que vão assistir ao congresso e
comemorar o 60.º aniversário da Conferência de Bandung, entre 18 e 24 de abril.
Apesar
dos pedidos de clemência por parte dos países de origem dos condenados, como a
Austrália, Brasil e França, o Presidente indonésio, Joko Widodo, reiterou a
firmeza do seu Governo contra o tráfico de droga e rejeitou todos os apelos.
Em
janeiro, a Indonésia executou seis traficantes de droga, incluindo o brasileiro
Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre a
Indonésia e o Brasil.
A
Indonésia, que retomou as execuções em 2013 depois de cinco anos de moratória,
tem 133 prisioneiros no corredor da morte, dos quais 57 condenados por tráfico
de droga, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.
DM
(CSR) // JPF
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