Em
causa o resultado das eleições de Outubro
Ramos Miguel – Voz da
América
Em
Moçambique, as opiniões dividem-se quanto à continuidade de Daviz Simango na
liderança do Movimento Democrático de Moçambique(MDM), havendo quem defenda
que, tendo em conta os maus resultados obtidos nas eleições do ano passado, ele
devia passar o poder a Manuel de Araújo, o edil de Quelimane, na
província central da Zambézia. Mas há opiniões contrárias.
O
desempenho do MDM e do seu presidente nas eleições do ano passado deixou muito
a desejar, e há quem diga que Daviz Simango é responsável por isso, porque a
sua liderança é fraca e ele não tem carisma.
Refira-se
que entre os três candidatos às presidenciais de 2014, Daviz Simango foi o
menos votado, com cerca de seis por cento dos votos.
O
sociólogo Fernando Nhantumbo diz que a avaliação que se faz à liderança de
Daviz Simango não é correcta, "porque neste momento, eu não vejo dentro do
MDM, ninguém com o mesmo carisma, com a mesma capacidade de liderança como
Daviz Simango".
Há
quem diga que o presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo
devia assumir a liderança do MDM, mas Nhantumbo diz que ele não tem carisma nem
capacidade para dirigir o partido.
Do
outro lado, o analista político Laurindos Macuácua diz ser necessário
"refrescar a liderança do MDM, embora eu não saiba se Manuel de Araújo
seria a pessoa mais indicada para substituir Daviz Simango, que tem sido
criticado pela forma como tem dirigido o partido".
Ao
analisar mais a fundo esta questão, o sociólogo Moisés Mabunda, diz que
problemas de organização afectam também os outros partidos da oposição em
Moçambique, o que faz com que não consigam explorar, na sua plenitude, as
fragilidades da Frelimo.
Mabunda
afirma que os partidos não têm nenhuma proposta alternativa devidamente
elaborada e com pilares bem assentes no chão, "capazes de os moçambicanos
compreenderem e dizerem sim, esta é uma alternativa para a governação do
país".
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