A
maioria dos moçambicanos recorda com tristeza os episódios de violência e
pilhagem vividos em Durban.
William
Mapote – Voz da América
O
primeiro grupo de moçambicanos repatriados devido à violência xenófoba na
África do Sul chegou hoje, 17, ao Centro de Trânsito Provisório instalado no
distrito de Boane, na província de Maputo.
Depois
de longas horas de viagem de regresso indesejado, a primeira noite em solo
moçambicano foi passada em tendas preparadas pelo Instituto Nacional de Gestão
de Calamidades.
As
primeiras horas do dia foram dedicadas a encontros de concertação com os
responsáveis do centro. Nem a chuva miúda que caiu em Boane interrompeu as
actividades.
A
maioria dos moçambicanos diz que deixou toda uma vida na África do Sul e
recorda com tristeza os episódios de violência e pilhagem vividos em Durban.
Vários
transportadores de carreiras internacionais em Maputo cancelaram viagens para
África de Sul através da fronteira de Ressano Garcia por receio de ataques de
moçambicanos em retaliação à xenofobia que está acontecer naquele país vizinho.
Os
ataques na África do Sul já estão a causar impacto negativo para muitos
transportadores terrestres e mesmo aéreo, sobretudo de carreiras
internacionais.
Alguns
operadores entrevistados pela VOA em Maputo disseram que o cancelamento de
viagens pelos clientes agudizou-se na quinta-feira e os prejuízos já são
enormes.
Esta sexta-feira, por exemplo, alguns que partiram de Maputo para África de Sul
foram obrigados a suspender viagens na fronteira de Ressano Garcia devido ao
bloqueio da estrada por moçambicanos em retaliação aos praticados contra os
seus patrícios no país vizinho.
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