sexta-feira, 12 de junho de 2015

AFONSO DHLAKAMA QUER RESSUSCITAR O CLIMA DE FERRO-E-FOGO EM MOÇAMBIQUE




Moçambique está sob as ameaças do dirigente da Renamo, Afonso Dhlakama. A guerra pode vir a ser reatada se os ditames de Dhlakama não forem atendidos, como se entende das suas ameças. O diálogo político não é o bastante para ele. Muito menos, em eleições recentes, a Frelimo ter obtido muito mais votos que a Renamo. Ou Nyusi em comparação a Dhlakama para a Presidência da República. Mesmo dando o alegado desconto à manipulação de votos por parte da Frelimo, facto é que as diferenças foram abissais e “impossíveis de atingir com algumas manipulações setoriais”, como afirmou um analista.

Com tais argumentos Dhlakama não terá razões que justifiquem voltar levar a Moçambique o clima de ferro-e-fogo com uma guerra que ceifa cidadãos inocentes em ações de guerrilha cobardes que têm por objetivo instabilizar o país que maioritária e democraticamente o rejeitou nas urnas – e à Renamo - para condutores dos destinos da una e indivisível nação moçambicana.

Acerca da situação em Moçambique elaboramos e apresentamos uma compilação compacta de notícias com origem na Agência Lusa e veiculadas por Notícias ao Minuto.

Redação PG

Segurança reforçada após Renamo ameaçar tomar governos provinciais

As cidades de Nampula, norte de Moçambique, e da Beira, centro, apresentam hoje uma presença policial e militar superior ao habitual, após a Renamo ter anunciado na quinta-feira a intenção de tomar sedes de governos provinciais pela força.

Ao contrário do que sucedeu nos últimos dias, mais de vinte elementos da Força de Intervenção Rápida (FIR), uma força de elite da polícia moçambicana, estavam hoje visíveis junto das instalações onde decorre o Conselho Nacional da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), na cidade da Beira, província de Sofala.

A reunião do principal partido de oposição deliberou na quinta-feira a criação, "a bem ou a mal", de autarquias provinciais nas regiões onde o partido de oposição reclama vitória nas últimas eleições, tendo também aprovado a criação de uma polícia e a redistribuição do seu efetivo militar para responder a eventuais ataques do Governo.

Também em Nampula, a Lusa observou vários carros militares a circular pela maior cidade do norte do país, com agentes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique altamente armados.

As forças de defesa e segurança eram igualmente visíveis nas zonas de maior influência da Renamo em Nampula.

Sem avançar datas, o porta-voz do Conselho Nacional da Renamo disse na quinta-feira que o movimento vai evacuar os edifícios estatais onde funcionam os atuais governos provinciais e aos dirigentes da Frelimo ser-lhe-á dada a oportunidade de escolha, de se filiarem na Renamo para se manterem nos cargos ou transferirem o poder para o partido de oposição.

"O Conselho Nacional deliberou que o partido devia prosseguir com a implementação das províncias autónomas e governe à força onde ganhou as eleições porque temos legitimidade para dirigir as províncias", afirmou José Manteigas.

Hoje em Maputo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou a preparação de uma nova ronda de contactos com os partidos de oposição.

Sem mencionar a Renamo, Nyusi reiterou a sua disponibilidade para se encontrar com os líderes da oposição e representantes da sociedade civil, "com vista a dar prosseguimento a um diálogo orientado para resultados concretos no domínio da consolidação da paz".

No início do seu mandato, Filipe Nyusi avistou-se duas vezes com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e também co o presidente do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), Daviz Simango, e representantes de vários partidos extraparlamentares.

Depois dos encontros entre o Presidente da República e o líder da oposição, a Renamo submeteu um anteprojeto de lei ao parlamento, preconizando a criação das autarquias provinciais em seis regiões do país (Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa), mas a proposta foi rejeitada pela maioria da Frelimo.

A iniciativa da Renamo visava ultrapassar a crise política em Moçambique, motivada pela recusa do principal partido de oposição em reconhecer os resultados das eleições gerais de 15 de outubro.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Nyusi. Presidente moçambicano desafia jovens a encontrar soluções

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desafiou hoje a Organização da Juventude Moçambicana (OJM) a encontrar soluções para responder às novas dinâmicas sociopolíticas do país, enaltecendo a necessidade da manutenção da paz e do envolvimento dos jovens rumo ao desenvolvimento.

"A conjuntura atual do país impõe novos desafios à OJM. Neste contexto, a presença da juventude na base da pirâmide etária constitui um enorme potencial para o desenvolvimento de Moçambique", disse Filipe Nyusi, também presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), falando durante o discurso de abertura da 2.ª Sessão Extraordinária do Comité Central da OJM, estrutura afeta ao partido no poder.

De acordo com o chefe de Estado moçambicano, a OJM tem a missão de "arregaçar as mangas" e, tendo em conta a limitação dos recursos que o país dispõe, desenvolver ações com vista a incrementar a esperança no seio da juventude moçambicana.

"É uma oportunidade ímpar de decidir o futuro, juntando vontades, articulado iniciativas e congregando esforços para aumentar a esperança de um Moçambique melhor", disse o presidente do partido, lembrando que a juventude que libertou país apresentou os resultados no dia 25 de junho de 1975 e, atualmente, cabe à nova juventude apresentar os seus feitos.

Filipe Nyusi enalteceu ainda o papel da OJM na divulgação de valores de paz, justiça e democracia desde a sua criação, em 1977, assinalando a necessidade de a organização representar os interesses de toda juventude moçambicano, independentemente da sua filiação partidária ou origem étnica.

"A abordagem da OJM deve ser inclusiva, de maneira que qualquer jovem moçambicano se reveja nela, independentemente da sua cor, partido, raça, grupo étnico ou religião", afirmou Filipe Nyusi, lembrando que "a imagem da organização deve espelhar a imagem do partido Frelimo".

O secretário-geral da OJM, Pedro Cossa, destacou a paz e coesão social como fatores importantes para o desenvolvimento de Moçambique.

"A paz e a unidade nacional são fatores basilares para uma convivência pacífica e para o desenvolvimento da nação. Congratulamos o presidente que, a cada passo que ele dá, em nome da Frelimo, tem incidido no fator paz como importante para a nossa consolidação enquanto nação", afirmou Pedro Cossa.

Osvaldo Petersburgo, antigo presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e atual vice-ministro do Trabalho, Emprego e Segurança Social, disse à Lusa que a juventude moçambicana tem como desafio principal o domínio pleno da ciência, como forma de catapultar o desenvolvimento do país, dependente, atualmente, do exterior, principalmente no que diz respeito ao setor extrativo.

"Não podemos ficar à espera que venham pessoas de outros quadrantes do mundo para explorar os recursos que nós temos. Nós, como jovens, temos de ser sedentos do saber e de conhecimento para transformarmos as nossas riquezas em desenvolvimento para o bem-estar do nosso país", assinalou Osvaldo Petersburgo.

A 2.ª Sessão Extraordinária do Comité Central da OJM termina no sábado e tem a missão de preparar o I Congresso da organização, a ter lugar entre 26 e 29 de novembro.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Moçambique. Frelimo condena ameaça da Renamo

O secretário-geral da Frelimo, partido no poder em Moçambique, Eliseu Machava, condenou hoje a decisão da Renamo, principal partido de oposição, de governar à força nas províncias em que reclama vitória eleitoral, afirmando que os moçambicanos anseiam a paz.

"Nem a Renamo nem o líder da Renamo [Afonso Dhlakama] deviam estar a falar de conflitos nesta fase em que os moçambicanos anseiam a paz e o bem-estar", afirmou Machava, em declarações à Lusa, à margem do lançamento das comemorações dos 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Moçambique e o mundo, que se assinalam no próximo dia 25.

Lembrando que o país passou pela destruição e mortes durante 16 anos de guerra civil, que terminou em 1992, o secretário-geral da Frelimo observou que os moçambicanos devem empenhar-se em ações visando o progresso e não o retrocesso.

"Ele próprio [Dhlakama], pela idade que tem, precisa de sossego, precisa de partilhar as ideias que tem com os moçambicanos, isso é possível sem conflito", declarou Eliseu Machava, reiterando, ironicamente, que não acredita que a Renamo tenha tomado a decisão de governar à força em seis províncias do país
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O secretário-geral da Frelimo exortou a Renamo a seguir a via do diálogo para a resolução de diferendos políticos, sublinhando que o país tem condições para ultrapassar qualquer crise por via política.

O Conselho Nacional da Renamo, reunido na Beira, capital da província de Sofala, centro do país, anunciou na quinta-feira que o partido vai assumir "a bem ou a mal" o governo das seis províncias em que reclama vitória nas eleições gerais de 15 de outubro, na sequência do chumbo pela Assembleia da República, dominada pela Frelimo, da Lei do Quadro Institucional das Autarquias Provinciais.

Sem avançar datas, José Manteigas, porta-voz do Conselho Nacional da Renamo, disse que o movimento vai evacuar os edifícios estatais onde funcionam os atuais governos provinciais e aos dirigentes da Frelimo ser-lhe-á dada a oportunidade de escolha de se filiarem na Renamo para se manterem nos cargos ou transferirem o poder para o partido de oposição.

"O Conselho Nacional deliberou que o partido devia prosseguir com a implementação das províncias autónomas e governe à força onde ganhou as eleições porque temos legitimidade para dirigir as províncias", insistiu José Manteigas.

Paralelamente, a Renamo anunciou o abandono das negociações de longo prazo com o Governo, ao fim de mais de cem rondas de diálogo, sem que tenha sido alcançado acordo para a desmilitarização do movimento.

Hoje em Maputo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou a preparação de uma nova ronda de contactos com os partidos de oposição.

Sem mencionar a Renamo, Nyusi reiterou a sua disponibilidade para se encontrar com os líderes da oposição e representantes da sociedade civil, "com vista a dar prosseguimento a um diálogo orientado para resultados concretos no domínio da consolidação da paz".

Lusa, em Notícias ao Minuto

Filipe Nyusi prepara nova ronda de contactos com oposição

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou hoje a preparação de uma nova ronda de contactos com os partidos de oposição, numa fase em que a Renamo ameaça tomar pela força os governos provinciais no centro e norte do país.

"Estamos a preparar mais uma volta de consultas com todos os intervenientes da paz em Moçambique", disse Filipe Nyusi, durante a cerimónia, hoje em Maputo, de celebração de 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas de Moçambique com o mundo.

Sem mencionar a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Nyusi reiterou a sua disponibilidade para se encontrar com os líderes da oposição e representantes da sociedade civil, "com vista a dar prosseguimento a um diálogo orientado para resultados concretos no domínio da consolidação da paz".

A Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, anunciou na quinta-feira que vai forçar a criação das autarquias provinciais no centro e norte do país, através da criação de uma polícia e da redistribuição do seu efetivo militar.

José Manteigas, porta-voz da V sessão do Conselho Nacional da Renamo, disse que o quórum reunido na cidade da Beira aprovou a criação, "a bem ou a mal", das autarquias provinciais, incluindo o uso da ala militar do partido, que será redistribuída para responder a eventuais ataques do Governo.

Sem avançar datas, José Manteigas disse que o movimento vai evacuar os edifícios estatais onde funcionam os atuais governos provinciais e aos dirigentes da Frelimo ser-lhe-á dada a oportunidade de escolha de se filiarem na Renamo para se manterem nos cargos ou transferirem o poder para o partido de oposição.

"O Conselho Nacional deliberou que o partido devia prosseguir com a implementação das províncias autónomas e governe à força onde ganhou as eleições porque temos legitimidade para dirigir as províncias", insistiu José Manteigas.

Paralelamente, a Renamo anunciou o abandono das negociações de longo prazo com o Governo, ao fim de mais de cem rondas de diálogo, sem que tenha sido alcançado acordo para a desmilitarização do movimento.

No início do seu mandato, Filipe Nyusi avistou-se duas vezes com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e também co o presidente do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), Daviz Simango, e representantes de vários partidos extraparlamentares.

Depois dos encontros entre o Presidente da República e o líder da oposição, a Renamo submeteu um anteprojeto de lei ao parlamento, preconizando a criação das autarquias provinciais em seis regiões do país, mas a proposta foi rejeitada pela maioria da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique).

A iniciativa da Renamo visava ultrapassar a crise política em Moçambique, motivada pela recusa do principal partido de oposição em reconhecer os resultados das eleições gerais de 15 de outubro.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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