Reunião
na Casa Civil para falar da detenção de Marcos Mavungo em Cabinda terminou sem
respostas.
Rafael
Morais lembra que a detenção ocorreu uma semana após Marcos Mavungo enviar um
comunicado ao governo de Cabinda informando sobre a manifestação. O teor
do comunicado chegou, inclusive a fazer com que uma delegação da casa militar da Presidência da República,
chefiada pelo general Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, se deslocasse à província.
“Estamos
sem compreender a sua prisão. O Arão Tempo está em liberdade, mas continua sem
poder sair de Cabinda. Assim percebemos que as motivações não são criminais,
mas políticas. O Mavungo não foi nem detido no acto da manifestação nem em
flagrante delito. Ele ia da igreja de manhã para sua casa e ali foi detido.
Ainda que se realizasse a manifestação, é um acto plasmado na Constituição.
Foram cumpridos todos os pressupostos legais e não vemos até que ponto essa
detenção tem que prevalecer”, lamenta.
Em
relação aos 15 presos políticos em Luanda, Rafael Morais disse que não
o GAPPA, mas diversas pessoas ligadas a organizações em Angola estão
a se organizar para uma visita a Cadeia de Calomboloca nesta sexta-feira.
Carta
às Nações Unidas
As
violações de direitos humanos em Angola tem feito com que as organizações não
governamentais recorram constantemente à ajuda internacional. Desta vez foi o
Centro de Integridade Pública de Angola que enviou uma carta às Nações Unidas e
às embaixadas dos Estados Unidos e da França em Luanda a solicitar a sua
intervenção junto do governo.
No
comunicado, publicado pela Voz da América, os activistas apontam que em causa,
está a tentativa das autoridades de “eliminar as vozes contrárias à
governação no país, como fez com os cidadãos Isaías Cassule, Alves Kamulingue,
Manuel Hilbert Ganga e muitos outros jovens assassinados”.
Àquela
organização recorda ainda que, como membro do Conselho de Segurança das Nações
Unidas e da Comissão dos Direitos Humanos da ONU, o governo tem
“responsabilidades acrescidas” no campo dos direitos humanos.
O
documento, segundo a VOA, inclui também as fotos dos 15 detidos e uma
cópia do livro em preparação de Domingos da Cruz, Ferramentas para
destruir o ditador e evitar nova ditadura – Filosofia Política da Libertação
para Angola, bem como mensagens trocadas entre jovens do denominado Movimento
Revolucionário, que mostram a inexistência de qualquer intenção de “promover um
golpe de Estado em Angola”.
Rede
Angola (ao)
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