sábado, 4 de julho de 2015

PR GUINEENSE É O FÓSFORO QUE ESPERA PELA IGNIÇÃO. E O RESTO QUE SE LIXE?




A Guiné-Bissau mais parece um caldeirão à espera de fervura do seu conteúdo. Em três apontamentos retirados do Jornal Digital depreende-se com toda a facilidade e objetividade que assim está a acontecer. Posse ilegal de armas de fogo é realidade que abrange centenas – e estas são as que são de conhecimento oficial através de cadastro. Acrescem as que nem por sombras estão cadastradas. É obvio que num país tão pequeno as quantidades apuradas e por apurar fazem mossa no caso de a violência e o golpe de Estado regressar.

Também as relações entre o Presidente da República, José Mário Vaz, e o governo, não são as melhores. Mais correto seria afirmar que são as piores que possamos imaginar, no contexto de um país que com muita dificuldade conseguiu captar alguma credibilidade entre a comunidade internacional, incluindo a União Europeia. Veio agora o PR fazer declarações na Assembleia Nacional sobre a sua intenção de “estancar hemorragia de boatos e especulações” sobre o clima agitado que provoca as suas relações com o governo, objetivamente com o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira. Mais declarou aquele PR guineense em avantajada verborreia hipócrita, quando é do conhecimento geral em Bissau que José Mário Vaz está a comportar-se como uma cabeça de fósforo que apela a todo transe por uma lixa que ajude à combustão que lhe possibilite  outros voos, noutras ambições pessoais, que desprezem a paz social, a paz política e a paz militar que existe periclitante na atualidade, mas que deve fortalecer-se para que finalmente a Guiné-Bissau inverta os caminhos de país pária para os de uma nação credível e justa para com o seu povo. José Mário Vaz pode fazer as declarações que quiser mas tem de parar com a guerrilha que sustenta contra o governo. Se há quem possa levar à Guiné-Bissau a construção de um país que seja reconhecido como nação íntegra e o mais democrática e justa para com o seu povo, esse homem chama-se Domingos Simões Pereira. Mário Vaz não pode ignorar que para a comunidade internacional vale mais uma mão de Simões Pereira que o corpo todo do atual PR guineense. Também para os guineenses é assim. Vimos nas expressão das recentes eleições.

Ainda de Bissau surge mais uma realidade que é completa preocupação: a qualidade da água. A péssima qualidade do precioso líquido é evidente e está denunciado há muito. Muito pouco ou nada tem sido feito para colmatar tal desastre. Por isso a saúde dos guineenses é diminuta. Urge resolver o que pode levar às populações melhor qualidade de vida, mais e melhor saúde. Uma dedicação ao assunto e devida resolução esperam a atenção do governo e a colaboração do PR. Não basta o PR andar a “convidar” os guineenses para trabalharem mais e melhor sem que se preocupe e procure colaborar no aumento de salários dos que trabalham, aumento de subsídios dos que estão desempregados, incremento de mais postos de trabalho… Trabalharem nas suas cadeiras dos poderes por uma vida condigna para os guineenses. Sabem o que é isso? O que não podem é passearem com a postura do quero, posso e mando (mal)… e o resto que se lixe. Não pode ser assim. Cada macaco no seu galho, a trabalhar em prol dos interesses do povo e da nação bissauguineense.

Redação PG

Guiné-Bissau: Mais de 200 pessoas em posse ilegal de armas de fogo

Revelou “O Defensor”

Bissau – No âmbito do processo cadastro de armas levado a cabo no final do mês de Maio pelo Estado Maior General das Forças Armadas, o Ministério da Defesa Nacional, registou na capital 201 armas de fogo de diferentes tipos em situação ilegal.

A notícia foi avançada na última edição do jornal militar guineense “O Defensor”, que a PNN consultou.

De acordo com o semanário, citando a Divisão de Armamento, Técnica e Munições do Estado Maior General das Forças Armadas, entre as referidas armas registadas, das quais espingardas automáticas AKM, pistolas Mauser, espingardas semiautomáticas G3 e pistolas TT, algumas pertenciam a civis, militares, antigos combatentes e deputados.

O mesmo jornal militar guineense informa também que, de acordo com Estêvão Mendes Chefe Adjunto da Divisão de Armamento, Técnica e Munições do Estado Maior General das Forças Armadas, brevemente as forcas armadas, em colaboração com as forças de ordem, vão levar a cabo uma operação conjunta de controlo das armas que ainda possam estar na posse de outras pessoas sem conhecimento das autoridades.

Desde o conflito armado de 1998, vários civis e militares ainda têm em sua posse armas de fogo, não sendo possível contabilizar os casos, porém algumas destas armas foram utilizadas acções criminais cujos autores ainda não foram responsabilizados.

(c) PNN Portuguese News Network – Jornal Digital

Presidente quer estancar hemorragia de boatos e especulações

Mensagem à Assembleia Nacional Popular

Bissau – O Presidente da República José Mario Vaz justificou a sua intervenção desta sexta-feira, 3 de Julho, na Assembleia Nacional Popular (ANP) como o meio de estancar a hemorragia de boatos e especulações.

Na mesma ocasião José Mario Vaz referiu que é necessário desbloquear o país e imprimir maior dinâmica nas instituições numa altura que circulavam rumores sobre a alegada intenção do Presidente da República derrubar o Governo de Domingos Simões Pereira. “Enquanto Presidente da República, quero garantir-vos que estes rumores são infundados”, disse o Chefe de Estado.

Na mesma alocução na sede da ANP, na presença de corpo diplomáticos, entidades religiosas e a sociedade civil guineense, José Mário Vaz disse que é compreensível que os seus pronunciamentos públicos possam ter causado alguma situação de incómodo em certos sectores sociais, e possivelmente suscitaram algumas interrogações sobre a exploração dos recursos naturais, recursos pesqueiros, situação de erário público, obras de construções de estradas em curso no país assim como prestação de serviços por parte dos funcionários públicos.

Sobre a queda do Governo o Presidente da República disse que em nenhum momento referira que pretendia ou não derrubar ou derrubar o Governo, e lembrou o juramento feito quando da sua investidura que o incumbiu de ser o garante de estabilidade, unidade entre os guineenses em defesa das leis e da Constituição da República.

Sobre recente moção de confiança aprovada pela ANP a favor do Governo de Domingos Sifões Pereira, o Presidente da República disse acreditar estar perante sinais políticos contraditórios, entre a mensagem de apoio dos deputados ao Governo e a mudança que se pretende operar no executivo. “Teria sido mais sensato conter e aguardar pela remodelação governamental e depois desta feita expressar confiança no executivo e na sua nova configuração conferindo-lhe e novo fôlego”, observou José Mario Vaz.

Na Assembleia, entre outras entidades, esteve presente o Representante Permanente do Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), Miguel Trovoada.

(c) PNN Portuguese News Network – Jornal Digital

Quase metade da população ainda utiliza fontes não melhoradas de abastecimento de água

Elevados níveis de contaminação

Bissau – Os técnicos sanitários revelaram que, na Guiné-Bissau, 44 % da população ainda utiliza fontes não melhoradas de abastecimento de água, que muitas vezes contêm altos níveis de contaminação.

Os dados foram avançados esta terça-feira, 30 de Junho, à PNN, pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INASA), durante a cerimónia de apresentação de um seminário intitulado «Prevenir doenças humanas através de uma saúde animal e ambiental».

Trata-se de uma iniciativa conjunta do Instituto Nacional de Saúde Publica, da Direcção-geral da Pecuária, do Instituto de Biodiversidade e das Áreas Protegidas, da ONG Acção para o Desenvolvimento, da União Internacional para Conservação da Natureza e do SWISSAID.

Esta apresentação refere que a biodiversidade vegetal tem benefícios tanto para a saúde como para a economia, porque tem sido a maior fonte de medicamentos naturais até à data.
«As alterações no ambiente também ameaçam o nosso abastecimento natural de água doce, os ecossistemas ajudam a regular o fluxo de água e a quantidade de sedimentos e contaminantes nos nossos recursos hídricos», destaca documento do INASA.

Noutro capítulo, a apresentação do INASA revela o aumento do contacto entre a população e a fauna selvagem, dando como exemplo a infecção por vírus Nipah (Malásia, 1998) originada pela migração de morcegos da Indonésia para a vizinha Malásia, infectando espécies de suínos e depois humanos, e o Hantavirose (zoonoses virais agudas transmitidas por roedores), que se verifica quando, na procura de alimentos, os roedores silvestres entram nas povoações.

«A desflorestação destrói a diversidade de mosquitos e apenas as espécies mais fortes sobrevivem à paisagem desmatada, que apresenta clareiras e reservatórios de água expostos à luz, que constituem um ambiente perfeito para a reprodução do vector transmissor do paludismo», sublinha o documento.

No capítulo de introdução o documento informa que, actualmente, muitos dos desafios globais da saúde estão ligados ao declínio da biodiversidade e dos ecossistemas, onde se precisa da variedade da vida animal e vegetal para uma adequada alimentação humana, a desflorestação e a queima.

«As dioxinas (poluentes orgânicos persistentes), são libertadas e causam danos no sistema reprodutivo, imunitário, interferem com as hormonas e ainda estão associadas aos muitos cancros», refere o INASA com base nos dados da OMS de 2014, com um tempo duração que varia entre os sete e os 11 anos.

Uma das preocupações levantadas por esta instituição durante a presentação prende-se problemas dos gases estufa, que causam problemas respiratórios, alergias, dores peitorais e irritação na garganta.

No capítulo de desflorestação e seca, o texto descreve que a seca pode propiciar o aparecimento de vectores e de animais reservatórios, devido à procura de água junto das habitações, doenças respiratórias, redução da qualidade do ar, mãos infectadas, sendo muito frequente a diminuição da higiene devido à escassez de água. A qualidade do ar é o principal risco ambiental para a saúde.

«A desflorestação influencia a qualidade do ar, que por consequência tem o seu efeito negativo na saúde humana, nomeadamente doenças respiratórias (agudas e crónicas), cancro dos pulmões, doenças cardíacas», sublinha o documento.

No que concerne às chuvas ácidas, o documento informa que estudos epidemiológicos sugerem uma ligação directa entre a acidez atmosférica e a saúde das populações, descervendo que o cobre libertado foi implicado em algumas epidemias de diarreia em crianças e o aumento da ocorrência de casos da doença deAlzheimer por contaminação da água com alumínio.

Quanto a perspectiva de controlo sanitário na Guiné-Bissau, o INASA defende que a manutenção dos ecossistemas é absolutamente vital para a prevenção de doenças e promoção de uma boa saúde, informando que muitas doenças humanas importantes tiveram origem em animais, e assim, as mudanças nos habitats de populações animais podem afectar a saúde humana, positiva ou negativamente.

A prática diária de cuidados básicos de higiene, a observação das medidas de biossegurança por parte do pessoal de saúde, a criação/reforço do sistema de vigilância e notificação comunitária, constam ainda entre as perspectivas de controlo sanitário defendidas pelo Governo, através do INASA.

O documento termina com recomendações sobre implementação do Regulamento Sanitário Internacional, sobretudo nos pontos de entrada (aeroportos, portos, fronteiras terrestres), sensibilização comunitária com implicação das rádios comunitárias, líderes comunitários, promover a criação de um observatório para o seguimento da interacção saúde Vs. biodiversidade e mudanças climáticas, a criação de estruturação das redes de laboratórios para a vigilância, investigação e resposta, assim como o reforço das capacidades institucionais para a operacionalização das acções entre os sectores concernentes.

(c) PNN Portuguese News Network

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