sábado, 4 de julho de 2015

José Mário Vaz. PR da Guiné-Bissau apela aos guineenses para aumentarem produtividade




O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, fez hoje um apelo durante um discurso à nação para que os guineenses trabalhem mais e aumentem a produtividade.

Bissau, 03 jul (Lusa) - O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, fez hoje um apelo durante um discurso à nação para que os guineenses trabalhem mais e aumentem a produtividade.

"Nós, os guineenses, trabalhamos muito pouco e talvez por isso temos tido mais tempo para boatos, especulações e rumores", referiu o chefe de Estado.

José Mário Vaz discursava no parlamento numa sessão especial para rejeitar alegados planos para demitir o governo.

Apesar de reconhecer divergências, Vaz afastou o cenário de crise política e expressou disponibilidade para apoiar as atividades do Executivo e procurar compromissos para que a legislatura se cumpra - algo inédito na Guiné-Bissau.

Com esta postura, o Presidente disse esperar contribuir para que haja "menos palavras e mais trabalho", uma afirmação a que já deu destaque em outras intervenções públicas desde que tomou posse, há um ano.

"Não conheço nenhum país onde só se trabalhe três a quatro horas por dia e consiga pôr a economia a crescer", sublinhou.

"A minha preocupação com o trabalho e aumento da produção prende-se com o facto de estarmos cada vez mais distantes na implementação das diretivas da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA)", o que no futuro vai obrigar a esforços acrescidos para recuperar o atraso em relação a países da sub-região.

José Mário Vaz referiu que as insinuações "só servem para desviar a atenção dos problemas de fundo" que continuam a existir no país, como a corrupção, delapidação de bens públicos, nepotismo e conflito de interesses".

Problemas que segundo o Presidente guineense "desvirtuam a sociedade, minam as instituições e afastam investidores sérios".

O Chefe de Estado disse não abdicar do seu papel de árbitro no xadrez institucional e prometeu rigor na observação do Orçamento Geral do Estado, referindo que saberá "estar à altura" se detetar deslizes nas contas - que, na sua opinião, têm que ter consequências.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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