O
Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, fez hoje um apelo
durante um discurso à nação para que os guineenses trabalhem mais e aumentem a
produtividade.
Bissau,
03 jul (Lusa) - O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, fez
hoje um apelo durante um discurso à nação para que os guineenses trabalhem mais
e aumentem a produtividade.
"Nós,
os guineenses, trabalhamos muito pouco e talvez por isso temos tido mais tempo
para boatos, especulações e rumores", referiu o chefe de Estado.
José
Mário Vaz discursava no parlamento numa sessão especial para rejeitar alegados
planos para demitir o governo.
Apesar
de reconhecer divergências, Vaz afastou o cenário de crise política e expressou
disponibilidade para apoiar as atividades do Executivo e procurar compromissos
para que a legislatura se cumpra - algo inédito na Guiné-Bissau.
Com
esta postura, o Presidente disse esperar contribuir para que haja "menos
palavras e mais trabalho", uma afirmação a que já deu destaque em outras
intervenções públicas desde que tomou posse, há um ano.
"Não
conheço nenhum país onde só se trabalhe três a quatro horas por dia e consiga
pôr a economia a crescer", sublinhou.
"A
minha preocupação com o trabalho e aumento da produção prende-se com o facto de
estarmos cada vez mais distantes na implementação das diretivas da União
Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA)", o que no futuro vai
obrigar a esforços acrescidos para recuperar o atraso em relação a países da
sub-região.
José
Mário Vaz referiu que as insinuações "só servem para desviar a atenção dos
problemas de fundo" que continuam a existir no país, como a corrupção,
delapidação de bens públicos, nepotismo e conflito de interesses".
Problemas
que segundo o Presidente guineense "desvirtuam a sociedade, minam as
instituições e afastam investidores sérios".
O
Chefe de Estado disse não abdicar do seu papel de árbitro no xadrez
institucional e prometeu rigor na observação do Orçamento Geral do Estado,
referindo que saberá "estar à altura" se detetar deslizes nas contas
- que, na sua opinião, têm que ter consequências.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário