A
Polícia Nacional rejeitou, na quarta-feira, em Luanda, informações postas a
circular por alguma imprensa privada e por algumas redes sociais sobre o
envolvimento da corporação no desaparecimento de nove activistas que
participavam nas manifestações do dia 29 de Julho, em Luanda.
Em
declarações à Angop, o porta-voz do Comando Geral da Polícia Nacional,
comissário Aristófanes dos Santos, reiterou que em nenhuma unidade policial do
país existe o registo do rapto de cidadãos. “Queremos informar de forma clara
que nos nossos registos e a nível dos comandos provinciais, com destaque para
Luanda, não constam quaisquer dados relativos a estes elementos supostamente
desaparecidos”, assegurou.
Por se tratar de um crime de natureza pública, existe no Serviço de Investigação Criminal (SIC) um processo-crime com o número 9348/2015/VN e estão a decorrer neste momento diligências no sentido de se apurar a veracidade dos factos, informou Aristófanes dos Santos, que acrescentou que a nível das forças de defesa e segurança não houve, no dia da manifestação, nenhum rapto, como foi divulgado por alguma imprensa privada e redes sociais. “As autoridades policiais pedem a qualquer cidadão ou aos supostos ofendidos ou familiares para contactarem o Serviço de Investigação Criminal de Luanda para ajudar nesta diligência. A prática da acção policial em democracia não é a referida por alguma imprensa privada e algumas redes sociais”, explicou o comissário Aristófanes dos Santos. “O rapto constitui um crime no país e a acção básica da polícia é o princípio da legalidade e em circunstância alguma este facto ocorreu da maneira como foi relatada”. Aristófanes dos Santos revelou que no dia da manifestação a Polícia Nacional havia retido alguns cidadãos que tentaram fazer uma contra-manifestação, mas no espaço de uma hora deixaram a unidade de Polícia para onde tinham sido encaminhados, por se tratar apenas de uma medida cautelar, devido à desordem que podiam criar. Os cidadãos foram identificados e a seguir mandados para casa. “Nem sequer passaram uma noite nas nossas celas”, assegurou.
Jornal
de Angola
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