A
configuração para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz das Nações
Unidas (PBC, no original em inglês) apela ao "sentido de Estado e a que se
retome o diálogo político" para resolver a crise política na Guiné-Bissau.
"A
PBC apela ao sentido de Estado e a que se retome o diálogo político para
resolver as atuais tensões no pleno respeito pela Constituição Nacional e do
Estado de Direito e encontrar uma forma concertada para sair da atual crise
política", anunciou hoje em comunicado.
A
posição foi tomada na segunda-feira durante uma reunião da PBC em Nova Iorque para
debater os recentes acontecimentos políticos no país.
Aquela
entidade receia que a demissão do Governo possa "prejudicar os progressos
alcançados até agora, existindo o risco de desestabilizar a frágil situação
política no país e comprometer o continuado progresso económico".
"O
povo da Guiné-Bissau, que lutou pela democracia e estabilidade, expressando
livremente a sua vontade nas eleições de abril e maio de 2014 merece instituições
e liderança sensíveis às suas aspirações", acrescenta.
A
PBC lamenta ainda que "os esforços nacionais, regionais e internacionais
não tenham impedido a escalada da crise".
O
comunicado enaltece ainda "a moderação demonstrada pelas Forças Armadas da
Guiné-Bissau e apela a que continuem a respeitar o poder civil".
O
Presidente da República, José Mário Vaz, demitiu na passada quarta-feira, dia
12, o Governo liderado por Domingos Simões Pereira, apesar dos apelos lançados
dentro e fora do país para que não o fizesse.
O
Executivo estava em funções há um ano, depois de o PAIGC vencer as eleições com
maioria absoluta e de ter recebido duas moções de confiança aprovadas por
unanimidade no Parlamento - para além de ter o apoio da comunidade
internacional.
Depois
da demissão e nos termos da Constituição, Vaz pediu ao PAIGC na qualidade de
partido vencedor das últimas eleições que indicasse um nome para
primeiro-ministro e aquela força política voltou na segunda-feira a propor
Simões Pereira.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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