Marcha
da ANTRAL pára segunda circular com centenas de taxistas nas ruas
Contra
o Governo e contra a Uber, a ANTRAL agendou para esta terça-feira um protesto
de taxistas em Lisboa, Porto e Faro. Na capital, a interrupção do trânsito na
segunda circular e o encerramento temporário da linha verde do Metro têm
complicado o dia aos automobilistas.
A
circulação na linha Verde do Metropolitano de Lisboa foi interrompida durante a
manhã, entre as estações de Telheiras e do Campo Grande, devido ao
descarrilamento de um comboio sem passageiros, que realizava manobras. De
acordo com a Transportes de Lisboa (TdL), 'holding' que gere o Metro, este
acidente não causou danos pessoais, teve "o mínimo de danos materiais"
e "deveu-se ao eventual desrespeito da sinalização luminosa, tendo o
comboio apanhado uma agulha fechada e, assim, descarrilado".
À
superfície, cinquenta minutos depois da partida do Parque das Nações, Lisboa, a
caravana de táxis em protesto chegou ao aeroporto onde se juntaram cerca de 400
profissionais. O trajeto demorou cerca de 50 minutos a ser feito -- entre o
parque das nações e o aeroporto - uma viagem que normalmente leva cinco e dez
minutos.
Nessa
zona, o reporter da TSF José Milheiro, viu pessoas que desistiram de fazer a
viagem até ao aeroporto de carro e, com medo de perder o voo, acabaram por
pegar nas malas e fizeram parte da segunda circular a pé.
Do
aeroporto de Lisboa, os taxistas vão ainda para o Instituto da Mobilidade e
Transportes (IMT), que, segundo alguns taxistas, é um dos organismos
responsáveis pela atual situação. Em Lisboa, o Serviço Rádio Táxis parou os
serviços em solidariedade com o protesto.
No
Porto, a manifestação também está a ter impacto e já passou em frente à autarquia
local. São mais de duzentos os táxis envolvidos.
A
Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros
(ANTRAL) diz que apesar de haver duas decisões dos tribunais que proibiram a
aplicação de transportes Uber em Portugal, a empresa continua a operar.
Florêncio Almeida, o presidente da Antral, acusa o Governo "de não fazer
cumprir a lei que gere os serviços de transporte e as decisões dos
tribunais". Explica que é por essa razão que o "setor vai
manifestar-se. Para que a opinião pública fique a saber em que país
vivemos".
Sobre
os protesto desta manhã, Florêncio Almeida não esconde um receio: "Quando
há um aglomerado de muitas pessoas, algumas delas desesperadas, pode acontecer
alguma coisa que não seja desejável. A Antral sempre tem dito que não quer
violência mas há pessoas mais nervosas e pode descambar. Se vier a acontecer o
Governo deve ser responsabilizado porque não fez cumprir a lei nem as decisões
dos tribunais".
A
TSF procurou ouvir a Uber sobre este protesto e a empresa, em comunicado,
afirmou que respeita "o direito que qualquer grupo tem de se manifestar
desde que estas manifestações decorram de forma pacífica, em respeito pela
ordem e tranquilidade públicas. Esperamos que a moderação e o bom senso
prevaleçam".
A
Uber argumenta que em Portugal "opera inteiramente de acordo com a
legislação em vigor" e DIZ acreditar "que o diálogo e o entendimento
mútuo com operadores no sector da mobilidade - incluíndo táxis - deve ser o
caminho a seguir: estamos sempre abertos à discussão com todas as entidades
públicas e privadas".
Na
altura em que foi conhecido o resultado da providência cautelar interposta pela
ANTRAL, a Uber defendeu que o alvo dessa iniciativa judicial foi um serviço, o
Uber-Pop, que a empresa não presta em Portugal.
TSF,
Joaquim Ferreira e Lusa
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mais em TSF
O
protesto dos taxistas contra a UBER chegou a juntar 400 táxis em marcha lenta
na capital. A meio do percurso houve confrontos e um fotojornalista foi
agredido.
Jerónimo
de Sousa afirmou esta terça-feira, no Fórum TSF, que o Partido Socialista terá
de reformular as suas propostas ou os comunistas não poderão embarcar em
nenhuma coligação ou acordo.
Está
prevista para esta terça-feira, durante a tarde, a primeira audição de Miguel
Macedo enquanto arguido no âmbito do processo dos vistos gold.
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