Secretário-geral
do PCP diz que ao fazer “manigâncias” para esconder mais um buraco nas contas
do BPN, o Governo falhou no plano ético.
Jerónimo
de Sousa considera o caso das contas alteradas da Parvalorem para melhorar o
défice de 2012 como mais um exemplo das “operações criativas de contabilidade
para esconder a verdade do que foi aquele escândalo”.
“Temos
vindo a verificar que o tratamento estatístico e contabilístico, esta arte de
substituir a verdade por esquemas, não é novidade neste Governo. Creio é mais
um elemento e isso tem importância”, afirmou o líder da CDU aos jornalistas no
final de uma arruada na Parede (Oeiras).
“É
o Governo da República, tem que de ser pessoas de bem, e fazer essa manigância
só para esconder aos olhos dos portugueses mais um pequeno buraco – pequeno
entre aspas, no todo do BPN é pequeno – demonstra que também no plano ético
este Governo falhou”, acrescentou Jerónimo.
Depois
de na semana passada se saber que o défice de 2014 vai ficar bem acima do
previsto por ter de contabilizar o impacto da transferência para o BES/Novo
Banco, a Antena 1 noticiou esta terça-feira que as
contas de 2012 não estavam correctas porque não foram contabilizados
157 milhões de euros de imparidade na holding que tem os ‘activos tóxicos’ do
BPN.
Episódios
que mostram que o Governo é “capaz de sacrificar tudo para apresentar aos portugueses
uma ideia de que conseguiu endireitar as contas, conseguiu resolver os
problemas, que agora é que vem aí um futuro risonho. Mas quando começamos a
verificar no concreto, a esmiuçar, verificamos que é tudo uma grande encenação
porque o Governo não resolveu os problemas de fundo da nossa sociedade e,
sempre que foi necessário, perturbou, alterou, torturou estatísticas para se
apresentar como o grande salvador dos problemas nacionais. Quando na verdade
não passa de conversa fiada”, criticou o secretário-geral comunista.
Maria
Lopes - Público
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