quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Portugal. Costa pede "decoro" a PM e garante que, apesar do défice, PS não vai "rever nada



Em Mira, o líder socialista afirmou que programa do PS tem "folga para acomodar" efeitos do Novo Banco no défice e acusou Passos de "enganar" e de "minar gravemente" o funcionamento da democracia, pela forma como se relaciona com os portugueses.

"Nós não precisamos de rever nada porque, como o nosso programa foi feito com prudência, o nosso programa nunca assentou na fantasia que o governo tinha apresentado de que o défice ia ser 2,7% [do PIB] e que a dívida ia reduzir no ritmo que em que governo anunciou", garante António Costa.

O líder do PS sublinha que o programa eleitoral socialista já previa o adiamento da venda do Novo Banco: "O nosso programa foi feito com a folga que permite encaixar aquilo que já sabemos e o que temos agra de saber é se há mais coisas para saber".

Em Mira, depois de uma ação de campanha numa empresa conserveira, António Costa reagiu ainda à posição da Comissão Europeia, depois de Bruxelas ter afastado a necessidade de medidas adicionais: "O comunicado da Comissão Europeia só demonstra que o governo tem muita coisa por explicar."

O líder do PS defende que o executivo liderado por Pedro Passos Coelho deve detalhar sobre a necessidade de aplicação de medidas extraordinárias, consequências quanto ao défice de 2015, a trajetória da dívida ou a necessidade de reforço de capital do Novo Banco.

"Esta forma como o primeiro-ministro entende que se pode relacionar com os portugueses, estando sempre a tentar enganar minar gravemente a credibilidade das instituições democráticas e, por isso, para além das explicações, tem que, de uma vez por todas, passar a relacionar-se com os portugueses com decoro. E, com decoro, significa falar verdade", atira o líder do PS.

João Alexandre - TSF

Sem comentários:

Mais lidas da semana