Em
Mira, o líder socialista afirmou que programa do PS tem "folga para
acomodar" efeitos do Novo Banco no défice e acusou Passos de
"enganar" e de "minar gravemente" o funcionamento da
democracia, pela forma como se relaciona com os portugueses.
"Nós
não precisamos de rever nada porque, como o nosso programa foi feito com
prudência, o nosso programa nunca assentou na fantasia que o governo tinha
apresentado de que o défice ia ser 2,7% [do PIB] e que a dívida ia reduzir no
ritmo que em que governo anunciou", garante António Costa.
O
líder do PS sublinha que o programa eleitoral socialista já previa o adiamento da
venda do Novo Banco: "O nosso programa foi feito com a folga que permite
encaixar aquilo que já sabemos e o que temos agra de saber é se há mais coisas
para saber".
Em
Mira, depois de uma ação de campanha numa empresa conserveira, António Costa
reagiu ainda à posição da Comissão Europeia, depois de Bruxelas ter afastado a
necessidade de medidas adicionais: "O comunicado da Comissão Europeia só
demonstra que o governo tem muita coisa por explicar."
O
líder do PS defende que o executivo liderado por Pedro Passos Coelho deve
detalhar sobre a necessidade de aplicação de medidas extraordinárias,
consequências quanto ao défice de 2015, a trajetória da dívida ou a necessidade
de reforço de capital do Novo Banco.
"Esta
forma como o primeiro-ministro entende que se pode relacionar com os
portugueses, estando sempre a tentar enganar minar gravemente a credibilidade
das instituições democráticas e, por isso, para além das explicações, tem que,
de uma vez por todas, passar a relacionar-se com os portugueses com decoro. E,
com decoro, significa falar verdade", atira o líder do PS.
João
Alexandre - TSF
Sem comentários:
Enviar um comentário