"Quem
for Governo verá reunidas as condições para ganhar as próximas eleições que se
seguirão logo que o próximo Presidente da República as possa convocar."
Para
as eleições de domingo há uma certeza absoluta e uma quase, quase certeza: a
Coligação PAF ou o PS terá a maioria dos votos e nenhum deles atingirá a
maioria absoluta.
Dia
5 de Outubro, enquanto esperamos pelo discurso em que o Presidente da República
fará um pungente apelo ao consenso, gastar-se-ão muitas horas a falar sobre
cenários de governabilidade, de possíveis alianças e de compromissos sobre
eventuais votações na Assembleia. A discussão durará mais uns dias e, quando
chegar o fim de tanta conversa, o Presidente da República dará posse a um
governo sem apoio maioritário na Assembleia da República. Seja a Coligação,
seja o PS, seja aprovado o primeiro orçamento ou não, quem for Governo verá
reunidas as condições para ganhar as próximas eleições que se seguirão logo que
o próximo Presidente da República as possa convocar.
No
fundo, as eleições de dia 4, a não haver maioria de nenhum dos dois principais
contendores, serão uma interrupção na campanha eleitoral que continuará até às
intercalares.
Cavaco
Silva conhece bem este cenário.
*Comentador
do Bloco Central TSF
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