O
líder da RENAMO Afonso Dhlakama, reapareceu esta quinta-feira (08.10) na
Gorongosa, centro de Moçambique, após ter desaparecido há quase duas semanas.
No
início da tarde Afonso Dhlakama saiu das matas da Gorongosa, na zona de
Macucuá, e se apresentou aos jornalistas e observadores convidados pela RENAMO
(Resistência Nacional Moçambicana) para assistir ao reaparecimento público do
líder da oposição.
O líder do principal partido da oposição em Moçambique limitou-se a agradecer a presença dos convidados, referindo que, após o incidente do dia 25 de setembro em Gondola, província de Manica, percorreu dezenas de quilómetros a pé pelo planalto e atravessou o rio Púnguè até à região da Gorongosa, província de Sofala.
O líder do principal partido da oposição em Moçambique limitou-se a agradecer a presença dos convidados, referindo que, após o incidente do dia 25 de setembro em Gondola, província de Manica, percorreu dezenas de quilómetros a pé pelo planalto e atravessou o rio Púnguè até à região da Gorongosa, província de Sofala.
"Mando
uma mensagem para o povo. Contem comigo, não iremos desistir por temer a morte.
Não tenho medo de morrer, para mim, já morri", afirmou Dhlakama, numa
breve declaração aos jornalistas, acrescentando que a Renamo vai continuar a
trabalhar e afastando qualquer vontade de vingança.
Reaparecimento
testemunhado por mediadores no diálogo Governo/Oposição
Além
dos jornalistas e dirigentes da RENAMO, a operação de retirada de Dhlakama da
chamada parte incerta foi testemunhada por organizações da sociedade civil,
como a presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabota, e por vários
mediadores no diálogo de longo-prazo entre oposição e Governo, como o académico
Lourenço do Rosário e os líderes religiosos Dinis Sengulane, Anastácio
Chembenze e Saide Abibo.
O
líder da oposição saiu esta quinta-feira da mesma região onde permaneceu
escondido durante quase dois anos, na última crise com o Governo e que só
terminou com um acordo de paz, assinado a 05 de setembro de 2014 em Maputo, com
o ex-Presidente Armando Guebuza, após 17 meses de confrontações militares na
região centro, que deixarem um número desconhecido de mortos e milhares de
deslocados.
Lusa,
em Deutsche Welle
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