sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Portugal. DÍVIDA PÚBLICA SUBIU 3.300 MILHÕES DESDE FINAL DE 2014 – Banco de Portugal



O Banco de Portugal tornou público nesta quinta-feira que a dívida pública portuguesa atingiu 229.100 milhões de euros em agosto de 2015, mais 3.300 milhões do que no final de 2014 e 6.000 milhões acima da meta definida pelo governo para 2015. Os swaps tóxicos deram o maior contributo para o agravamento. Catarina Martins reafirmou que "o maior problema que o país tem é a dívida pública".

Segundo o Banco de Portugal, numa nota estatística publicada nesta quinta-feira, “em agosto de 2015, a dívida pública atingiu 229,1 mil milhões de euros”, segundo a ótica de Maastricht, a que conta para a Comissão Europeia. Verifica-se assim um agravamento de 3.300 milhões de euros em relação a final de 2014.

Segundo o banco central, os swaps tóxicos deram o maior contributo para o agravamento da dívida.

Os números agora divulgados não incluem o efeito do adiamento da venda do Novo Banco, que compromete o reembolso dos 3.900 milhões de euros emprestados pelo Estado.

O Banco de Portugal informa também que reviu em alta o montante da dívida pública portuguesa no final de 2014. A revisão foi de 500 milhões de euros, para 225,8 mil milhões de euros. No final do ano passado, o valor da dívida em comparação com o produto era de 130,2% do PIB.

O montante da dívida no final de agosto de 2015, está 6.000 milhões de euros acima da meta definida pelo governo para 2015 (223 mil milhões de euros).

Catarina Martins comentou nesta quinta-feira os números divulgados pelo Banco de Portugal.

"Os dados que conhecemos hoje sobre a dívida mostram que a dívida nestes anos aumentou 60 mil milhões de euros, que nunca parou de aumentar e, ao contrário do que o Governo dizia, que ia ficar nos 124% do PIB, está em 130%", afirmou a porta-voz do Bloco, explicando que "quando este Governo assumiu funções, a dívida pública eram 106% do PIB. Hoje são 130% do PIB e mais 60 mil milhões de euros de dívida".

A porta-voz do Bloco reafirmou que "o maior problema que o país tem é a dívida pública" e realçou que "sobre isso não pode haver nenhuma dúvida".

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