Dois
portugueses entre os 129 mortos e mais de 300 feridos de Paris. A informação
foi revelada à TSF pelo secretário de Estado das Comunidade. José Cesário
explicou que foi confirmada a existência de uma portuguesa entre as vítimas
mortais. Estava no Teatro Bataclain. Num último balanço, o Procurador de Paris,
François Molins, dá conta de 129 mortos, 352 feridos, destes 99 estão em estado
grave.
Já
tinha sido confirmada a morte de um português, um homem de 63 anos, que estava
junto ao estádio de França. Agora é confirmada a morte de mais uma cidadã
portuguesa, era lusodescendente e estava a assistir ao concerto no Teatro
Bataclain. Tinha 35 anos.
José
Cesário diz que ainda não é possível garantir que não existam mais portugueses
entre as vítimas.
As
autoridades já identificaram vários estrangeiros: dois portugueses, um espanhol,
dois belgas, dois romenos e duas cidadãs da Tunísia. Londres diz que já
identificou também um cidadão britânico. Há ainda uma mulher de nacionalidade
norte americana entre os 129 mortos.
O
Procurador sublinha que este é um balanço "provisório e em evolução".
As
primeiras conclusões da investigação sugerem que "pelo menos três
equipas" distintas de terroristas perpetraram os atentados.
Oito
terroristas, todos com coletes de explosivos, atacaram seis locais em Paris,
entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo
de futebol entre as seleções de França e da Alemanha. De acordo com a polícia,
sete destes atacantes eram suicidas e morreram.
A
França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras
na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como
"ataques terroristas sem precedentes no país".
Estes
foram os atentados mais sangrentos na Europa desde os ataques em Madrid, em
2004 e ainda não foram reivindicados.
À
TSF, o vereador luso-francês da Câmara de Paris, Hermano Sanches Ruivo, disse
que os ataques foram concertados e que não é possível dar garantias sobre a
existência ou não de portugueses entre as vítimas.
Esta
manhã, em declarações à TSF, José Cesário, Secretário de Estado das
Comunidades, revelou que tem estado em contacto com as autoridades francesas e
que não há, até ver, informação de vítimas portugueses dos atentados de ontem à
noite em Paris. José Cesário avisou, ainda assim, que é prematuro garantir que
não existem portugueses entre as vítimas.
O
número maior de vítimas vem do sequestro de um clube noturno, o Bataclan. A
Associated Press, citando fonte oficial da polícia, diz que pelo menos 80
pessoas morreram ali.
Entre
eles estarão os três terroristas.
Um
jornalista da revista Telerama, falou com uma testemunha que conseguiu fugir da
sala de espetáculos que afirmou que os assaltantes terão falado da Síria
durante o tiroteio.
Noutro
local, a cadeia televisiva iTele socorreu-se de testemunhas para afirmar que os
engenhos explosivos usados nas redondezas do estádio eram bombas de
fragmentação contendo pregos. Um elemento do sindicato da polícia afirmou que
estão a trabalhar na tese de "dois atacantes suicidas". A France
Presse avançou que várias testemunhas garantiam que "uma das explosões foi
provocada por um kamikaze".
Segundo
um repórter da iTele, o público que estava no Estádio Nacional de França foi
retirado sem grandes problemas. Os relatos que chegam de testemunhas no local
dão conta de que mesmo dentro do estádio se ouviram pelo menos dois
rebentamentos.
Um
dos primeiros locais que foi atacado foi o restaurante Petit Cambodja.
Disparos de metralhadora a partir de um carro em direção à porta de entrada e à
varanda do estabelecimento. Várias pessoas morreram, as imagens mostram corpos
de vítimas tapados por panos brancos. São pelo menos três.
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