O
líder da Frelimo e Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apontou hoje em Maputo
o compromisso com os princípios democráticos como essencial para que os países
da África Austral sejam considerados parceiros pela comunidade internacional.
Nyusi
destacou a importância do respeito pelos valores democráticos, quando falava na
conferência de imprensa que marcou o encerramento da Cimeira dos presidentes de
partidos e antigos movimentos de libertação da África Austral, entre os quais o
líder do ANC (Congresso Nacional Africano) e chefe de Estado sul-africano,
Jacob Zuma, e o vice-presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de
Angola), Roberto de Almeida.
"Reiteramos
o compromisso com os princípios democráticos, porque entendemos que só assim
será fácil colaborar com os outros estados", defendeu o presidente da
Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique).
Filipe
Nyusi adiantou que a cimeira avaliou positivamente o estado do respeito pelos
valores democráticos nos países liderados pelos movimentos de libertação contra
o colonialismo, notando a obediência dos ciclos eleitorais.
"Os
ciclos eleitorais são respeitados e a democracia é praticada de forma aberta,
depois de, no início, os nossos países terem seguido um estilo de democracia
interna nos partidos de libertação", enfatizou Nyusi.
Na
reunião, afirmou o líder da Frelimo, os seis partidos de governo em Moçambique,
Angola, África do Sul, Namíbia, Zimbabué e Tanzânia realçaram a necessidade de
se imprimir uma maior agressividade à cooperação económica, aproveitando o
vasto potencial que cada um dos países detém.
"A
guerra colonial era para libertar a terra e os homens, agora é importante lutar
pelo crescimento e desenvolvimento económico para o bem-estar dos nossos
povos", frisou o líder da Frelimo.
Nyusi
apontou a aposta na saúde, educação, emprego e habitação como fundamental para
a prosperidade dos povos da África Austral, defendendo uma maior parceria entre
os estados da região.
A
cimeira de hoje em Maputo decorre num período em que a África Austral se
confronta com a descida das cotações internacionais das matérias-primas a
descida das moedas locais face ao dólar, lançando a incerteza nas economias da
região, muitas das quais, como a moçambicana, dependentes de importações e
ajuda externa.
A
reunião foi antecedida por encontros das organizações sociais e de
secretários-gerais dos seis partidos africanos.
PMA
// EL – Lusa
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