Max
Altman, São Paulo – Opera Mundi
Mesmo
que celebrada por todo mundo cristão e além, muitos questionam a data exata
Embora
a maioria dos cristãos celebre o dia 25 de dezembro como a data de nascimento
de Jesus Cristo, alguns cronistas dos primeiros dois séculos de nossa era
afirmaram não ter qualquer conhecimento ou indicação do dia exato ou do ano em
que Cristo tenha nascido.
O registro mais antigo da celebração do Natal encontra-se num almanaque romano que informa sobre um festival da Natividade de Cristo levado a efeito pela igreja de Roma no ano 336. A precisa razão pela qual o Natal passou a ser celebrado em 25 de dezembro permanece obscura, todavia a maioria dos pesquisadores históricos acredita que o Natal se originou como um substituto cristão para as celebrações pagãs do solstício de inverno no hemisfério norte.
O registro mais antigo da celebração do Natal encontra-se num almanaque romano que informa sobre um festival da Natividade de Cristo levado a efeito pela igreja de Roma no ano 336. A precisa razão pela qual o Natal passou a ser celebrado em 25 de dezembro permanece obscura, todavia a maioria dos pesquisadores históricos acredita que o Natal se originou como um substituto cristão para as celebrações pagãs do solstício de inverno no hemisfério norte.
Para os cristãos dos
primórdios – e para muitos cristãos hoje em dia – a mais importante efeméride
do calendário cristão era a Páscoa, que comemorava a morte e a ressurreição de
Jesus Cristo. No entanto, assim que a cristandade começou a assumir
protagonismo no mundo romano, em princípios do século IV, os chefes da Igreja
tiveram de se defrontar com o popular feriado pagão romano comemorativo do
“nascimento do invicto Sol” (natalis solis invicti) – a designação em latim do
solstício de inverno.
A cada inverno, os romanos consagravam o deus pagão Saturno, responsável pela
agricultura [equivalente a Cronos na mitologia grega], com uma festa que
começava em 17 de dezembro e habitualmente se estendia até ou em torno de 25 de
dezembro com uma celebração do solstício de inverno em homenagem ao princípio
de um novo ciclo solar. Esse momento era de festividades e as famílias e amigos
costumavam trocar presentes. Nessa mesma época o mitraísmo – adoração do antigo
deus persa da luz, religião de mistérios nascida na época helenística,
provavelmente no século 2 a.C., no Mediterrâneo Oriental – alcançara sua máxima
expansão geográfica, tendo se tornado um forte concorrente do Cristianismo.
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