Raquel
Martins – Público, ontem
“Um
em cada dez trabalhadores em Portugal é pobre”, disse José Soeiro, deputado do
Bloco de Esquerda durante o debate do programa do Governo na Assembleia da
República, nesta quinta-feira.
A
frase
"Um
em cada dez trabalhadores em Portugal é pobre" - José
Soeiro, deputado do BE, no Parlamento, 03.12.2015
O
contexto
Durante
a discussão do programa do Governo, nesta quinta-feira, José Soeiro, deputado
do Bloco de Esquerda, lembrou que o aumento do salário mínimo é fundamental
para reduzir a pobreza, nomeadamente entre os trabalhadores. Numa questão
colocada ao ministro Vieira da Silva, Soeiro lembrou que “um em cada dez
trabalhadores em Portugal é pobre”, defendendo que o “aumento de 600 euros é uma
medida sensata”, que também beneficia as pequenas e médias empresas.
Os
factos
Os
dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que ter
um emprego não é suficiente para se ficar imune à pobreza. Em 2013, a taxa de
risco de pobreza afectava 10,7% dos trabalhadores portugueses, um indicador que
tem vindo a agravar-se desde 2011. Ou seja, mais de um em cada dez
trabalhadores não consegue, com o salário que leva para casa, viver de forma
digna. O problema manifesta-se de forma mais notória nas mulheres que
trabalham, 11,5% das quais vive em risco de pobreza, enquanto a percentagem
entre os homens é de 9,9%. Estes dados já incluem as transferências sociais do
Estado, nomeadamente os apoios à família, à educação, com habitação, entre outros.
Em
resumo
Tendo
por base o inquérito às condições de vida do INE, o deputado bloquista tem
razão quando diz que um em cada dez trabalhadores é pobre.
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