Mário Motta, Lisboa
Bom
dia, boa tarde, boa noite. Estas são Bocas do Inferno. Não as leve a peito mas
abra a pestana. Já se justifica, depois de tantas vezes ser enganado(a) pelos que
elege para o parlamento e depois se declaram antagonistas dos interesses dos
que os elegeram. Será assim sempre, enquanto não abrir a pestana.
A
direita do PS continua voraz nas intenções de abraçar a democraciazinha por que
se tem regulado como principal cangalheiro do 25 de Abril. Sérgio Sousa Pinto,
do PS, afirma isso mesmo por outras palavras. Segundo o jornal i, aquele “chuchalista”
afirmou “Num post publicado na sua página no Facebook, o deputado socialista
avisa para os riscos de “tirar o socialismo da gaveta, onde Soares o teria
metido”. Está tudo dito e justificado. Para Sousa Pinto e seus capangas da
mesma linha político-ideologica o esse de socialista até incomoda mas não se
atrevem a declararem isso mesmo, além de sempre vislumbrarem algumas vantagens
por enganarem os incautos, os menos avisados, os menos esclarecidos. Sousa
Pinto defende um partido socialistazinho e não realmente o que supostamente
significa socialista. É publicidade enganosa mas na política não existem as
regras das leis de publicidade, por tal… deixa andar. É semelhante a uma
embalagem de Leite que após desflorado e despejado para uma caneca é coalho com mijo na
realidade. O que não quer Sousa Pinto é “tirar o socialismo da gaveta, onde
Soares o teria metido”. Pois. Compreendemos. Vendem gato por lebre. A quem o
faz o povo apelida de vigaristas, de cambada de sacanas. É assim, como não
existe decência nem honestidade intelectual, nem política, o deputado eleito
considera-se no direito de andar a vigarizar os eleitores que vão à babuja do
esse de socialista ostentado indevida e incorretamente. Ainda bem que Sérgio
Sousa Pinto o disse. Ao menos assume-se como um grande charlatão, assim como
mais uns quantos correlegionários que defendem os 1% que roubam tudo e todos.
Sim, porque se na realidade não é, nem por sombras, socialista, se o socialismo
o incomoda e é seu adversário, qual a razão de ter aderido ao PS? Porque não ao
PSD ou ao CDS? Compreendemos, a função é exatamente essa, desviar o PS para a
direita a que chama centro. Talvez o centro da direita, que é o lugar certo de
Sousa Pinto. Com ele e os da direita à direita do PS continuaremos a vê-los
florescer, a viverem à fartazana e a banquetearem-se com as migalhas profusas
dos banqueiros e outros que exploram e roubam descaradamente aqueles que votam
nos Sousa Pintos, nos Passos, nos Portas, nos Cavacos, nas seitas que tudo têm
feito para enterrar de vez as liberdades, direitos e garantias conseguidos após
o derrube do salazar-marcelismo. Para eles a meta é a democraciazinha que
mantenha a canga da exploração, do roubo, da miséria (ma non tropo), do
desemprego que leva os portugueses a sujeitarem-se a trabalho precário
indecentemente mal remunerado. Desde que os Sousa Pinto dessa laia vejam as
suas contas bancárias recheadas e as mordomias fornecidas com fartura… não
tirem o socialismo da gaveta. Que perigo, para a minoria. Pois. Já sabemos o que a súcia no parlamento (uns
quantos mas demais) têm por missão operar. Temos visto e sentido na pele, no estômago a querer alimento e não haver para lhe dar, etc.
Mas
leiam o dizer do deputado e socialistazinho português no jornal i, referido por Margarida Davim. (MM
/ PG)
Sousa
Pinto quer manter o PS “do lado de cá” do muro da esquerda
Se
parecia que os críticos à deriva de esquerda do PS tinham ficado rendidos à
política de António Costa, Sérgio Sousa Pinto vem mostrar que não é bem assim.
Num post publicado na sua página no Facebook, o deputado socialista avisa para
os riscos de “tirar o socialismo da gaveta, onde Soares o teria metido”.
Sousa
Pinto acha que o posicionamento político do PS não deve ser posto em causa,
mesmo que se apoie a solução encontrada por Costa para formar Governo. Porque
ficar demasiado próximo da esquerda do BE e do PCP pode pôr em risco o espaço
vital do partido que se colocou historicamente muito mais ao centro: “Apoiar
lealmente este governo nos seus esforços é uma coisa. Desfilar com entusiasmo
acéfalo num mundo de fantasias, ilusões e enganos é outra”.
“Primeiro
partido socialista do sul da Europa a chegar ao poder, o PS nada tem a
incorporar em seu benefício, do radicalismo e da demagogia dos que se imaginam
‘mais de esquerda’, apropriando-se com estridência das grandes realizações
sociais dos governos do Partido Socialista”, avisa o deputado.
Para
Sérgio Sousa Pinto, a própria história do partido deixa claro que os que agora
servem de apoio parlamentar ao Governo de António Costa não são necessariamente
os seus aliados naturais.
“As
dificuldades da governação, o confronto com realidades teimosas, o
reconhecimento de obstáculos históricos e naturais, repetidamente enfrentados
no passado por toda a sorte de governantes, republicanos, liberais, ministros
do absolutismo até - fortaleceram no PS uma abertura à complexidade, ao
pragmatismo, ao compromisso, ao possibilismo. É por isso vital que o PS, e
sobretudo os seus militantes, não se afastem dessa cultura política
fundamental, sobre a qual Mário Soares construiu o nosso partido”, escreve no
Facebook o socialista que desde a primeira hora divergiu dos acordos à esquerda
apesar da sua proximidade em relação a António Costa.
Sousa
Pinto recorda, de resto, que o inimigo natural de BE e PCP é a direita, mas que
esse raciocínio não se aplica aos socialistas.
“Nunca
foi esta a cultura do PS, forjada na oposição à ditadura e, depois, ao projeto
de assalto ao poder do PCP”, sublinha, defendendo que o fim do “muro” que
separava as esquerdas – como lhe chamou Costa – não é forçosamente uma coisa
boa para os socialistas, que se devem manter ao centro para não perderem o seu
espaço político histórico.
“Comunicar
construtivamente com os outros do lado de lá, por cima do muro, já é muito. Sem
esquecermos que queremos que o futuro de Portugal se decida do lado de cá”,
reforça Sousa Pinto, que viu na votação do Orçamento Retificativo – com os
votos contra do BE e do PCP – a prova da fragilidade dos acordos à esquerda.
“Ainda
se ouviam pandeiretas e já o muro ressurgia, descoberto pela votação do
orçamento retificativo. Ainda ecoavam os pífaros e já o arco da governação se
impunha outra vez, tão real e... tangível como o arco da Praça de Espanha”, diz
Sérgio Sousa Pinto para lembrar que quem acabou por dar a mão a Costa foi o PSD
de Passos Coelho, mostrando que os dois partidos ainda se podem encontrar ao
centro.
Margarida
Davim – jornal i
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