quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

SOUSA PINTO, DEPUTADO E SOCIALISTAZINHO PORTUGUÊS EM PROL DA DEMOCRACIAZINHA




Mário Motta, Lisboa

Bom dia, boa tarde, boa noite. Estas são Bocas do Inferno. Não as leve a peito mas abra a pestana. Já se justifica, depois de tantas vezes ser enganado(a) pelos que elege para o parlamento e depois se declaram antagonistas dos interesses dos que os elegeram. Será assim sempre, enquanto não abrir a pestana.

A direita do PS continua voraz nas intenções de abraçar a democraciazinha por que se tem regulado como principal cangalheiro do 25 de Abril. Sérgio Sousa Pinto, do PS, afirma isso mesmo por outras palavras. Segundo o jornal i, aquele “chuchalista” afirmou “Num post publicado na sua página no Facebook, o deputado socialista avisa para os riscos de “tirar o socialismo da gaveta, onde Soares o teria metido”. Está tudo dito e justificado. Para Sousa Pinto e seus capangas da mesma linha político-ideologica o esse de socialista até incomoda mas não se atrevem a declararem isso mesmo, além de sempre vislumbrarem algumas vantagens por enganarem os incautos, os menos avisados, os menos esclarecidos. Sousa Pinto defende um partido socialistazinho e não realmente o que supostamente significa socialista. É publicidade enganosa mas na política não existem as regras das leis de publicidade, por tal… deixa andar. É semelhante a uma embalagem de Leite que após desflorado e despejado para uma caneca é coalho com mijo na realidade. O que não quer Sousa Pinto é “tirar o socialismo da gaveta, onde Soares o teria metido”. Pois. Compreendemos. Vendem gato por lebre. A quem o faz o povo apelida de vigaristas, de cambada de sacanas. É assim, como não existe decência nem honestidade intelectual, nem política, o deputado eleito considera-se no direito de andar a vigarizar os eleitores que vão à babuja do esse de socialista ostentado indevida e incorretamente. Ainda bem que Sérgio Sousa Pinto o disse. Ao menos assume-se como um grande charlatão, assim como mais uns quantos correlegionários que defendem os 1% que roubam tudo e todos. Sim, porque se na realidade não é, nem por sombras, socialista, se o socialismo o incomoda e é seu adversário, qual a razão de ter aderido ao PS? Porque não ao PSD ou ao CDS? Compreendemos, a função é exatamente essa, desviar o PS para a direita a que chama centro. Talvez o centro da direita, que é o lugar certo de Sousa Pinto. Com ele e os da direita à direita do PS continuaremos a vê-los florescer, a viverem à fartazana e a banquetearem-se com as migalhas profusas dos banqueiros e outros que exploram e roubam descaradamente aqueles que votam nos Sousa Pintos, nos Passos, nos Portas, nos Cavacos, nas seitas que tudo têm feito para enterrar de vez as liberdades, direitos e garantias conseguidos após o derrube do salazar-marcelismo. Para eles a meta é a democraciazinha que mantenha a canga da exploração, do roubo, da miséria (ma non tropo), do desemprego que leva os portugueses a sujeitarem-se a trabalho precário indecentemente mal remunerado. Desde que os Sousa Pinto dessa laia vejam as suas contas bancárias recheadas e as mordomias fornecidas com fartura… não tirem o socialismo da gaveta. Que perigo, para a minoria. Pois. Já sabemos o que a súcia no parlamento (uns quantos mas demais) têm por missão operar. Temos visto e sentido na pele, no estômago a querer alimento e não haver para lhe dar, etc.

Mas leiam o dizer do deputado e socialistazinho português no jornal i, referido por Margarida Davim. (MM / PG)

Sousa Pinto quer manter o PS “do lado de cá” do muro da esquerda

Se parecia que os críticos à deriva de esquerda do PS tinham ficado rendidos à política de António Costa, Sérgio Sousa Pinto vem mostrar que não é bem assim. Num post publicado na sua página no Facebook, o deputado socialista avisa para os riscos de “tirar o socialismo da gaveta, onde Soares o teria metido”.

Sousa Pinto acha que o posicionamento político do PS não deve ser posto em causa, mesmo que se apoie a solução encontrada por Costa para formar Governo. Porque ficar demasiado próximo da esquerda do BE e do PCP pode pôr em risco o espaço vital do partido que se colocou historicamente muito mais ao centro: “Apoiar lealmente este governo nos seus esforços é uma coisa. Desfilar com entusiasmo acéfalo num mundo de fantasias, ilusões e enganos é outra”.

“Primeiro partido socialista do sul da Europa a chegar ao poder, o PS nada tem a incorporar em seu benefício, do radicalismo e da demagogia dos que se imaginam ‘mais de esquerda’, apropriando-se com estridência das grandes realizações sociais dos governos do Partido Socialista”, avisa o deputado.

Para Sérgio Sousa Pinto, a própria história do partido deixa claro que os que agora servem de apoio parlamentar ao Governo de António Costa não são necessariamente os seus aliados naturais.

“As dificuldades da governação, o confronto com realidades teimosas, o reconhecimento de obstáculos históricos e naturais, repetidamente enfrentados no passado por toda a sorte de governantes, republicanos, liberais, ministros do absolutismo até - fortaleceram no PS uma abertura à complexidade, ao pragmatismo, ao compromisso, ao possibilismo. É por isso vital que o PS, e sobretudo os seus militantes, não se afastem dessa cultura política fundamental, sobre a qual Mário Soares construiu o nosso partido”, escreve no Facebook o socialista que desde a primeira hora divergiu dos acordos à esquerda apesar da sua proximidade em relação a António Costa.

Sousa Pinto recorda, de resto, que o inimigo natural de BE e PCP é a direita, mas que esse raciocínio não se aplica aos socialistas.

“Nunca foi esta a cultura do PS, forjada na oposição à ditadura e, depois, ao projeto de assalto ao poder do PCP”, sublinha, defendendo que o fim do “muro” que separava as esquerdas – como lhe chamou Costa – não é forçosamente uma coisa boa para os socialistas, que se devem manter ao centro para não perderem o seu espaço político histórico.

“Comunicar construtivamente com os outros do lado de lá, por cima do muro, já é muito. Sem esquecermos que queremos que o futuro de Portugal se decida do lado de cá”, reforça Sousa Pinto, que viu na votação do Orçamento Retificativo – com os votos contra do BE e do PCP – a prova da fragilidade dos acordos à esquerda.

“Ainda se ouviam pandeiretas e já o muro ressurgia, descoberto pela votação do orçamento retificativo. Ainda ecoavam os pífaros e já o arco da governação se impunha outra vez, tão real e... tangível como o arco da Praça de Espanha”, diz Sérgio Sousa Pinto para lembrar que quem acabou por dar a mão a Costa foi o PSD de Passos Coelho, mostrando que os dois partidos ainda se podem encontrar ao centro.

Margarida Davim – jornal i

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