Julia
Afonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt - Estadão
Ex-presidente,
que já depôs na Operação Lava Jato, afirmou em conversa com blogueiros nesta
quarta, 20, que 'o governo criou mecanismos para que nada fosse jogado embaixo
do tapete nesse País'
Em
café da manhã com blogueiros na manhã desta quarta-feira, 20, no Instituto
Lula, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ‘não tem uma viva
alma mais honesta’ do que ele. O petista começou a responder perguntas a partir
das 10h. Na primeira resposta, Lula falou sobre investigação de corrupção.
“Se
tem uma coisa que eu me orgulho, neste País, é que não tem uma viva alma mais
honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério
Público, nem dentro da igreja católica, nem dentro da igreja
evangélica. Pode ter igual, mas eu duvido”, disse.
Oficialmente,
Lula não é alvo da Operação Lava Jato, a maior investigação contra a corrupção
já realizada no País e que pegou antigos aliados seus, quadros históricos do
PT, como José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil, e João Vaccari Neto,
ex-tesoureiro do partido – ambos estão presos em Curitiba, base da missão Lava
Jato.
Lula
já depôs na Polícia Federal na condição de ‘informante’. “Não existe nenhuma
ação penal contra mim, o próprio (Sérgio) Moro (que conduz as ações da Lava
Jato na 1ª instância) disse que eu não sou investigado”, afirmou. “Em respeito
ao depoimento que eu fiz na Polícia Federal e no Ministério Público, não acho
que existe nenhuma possibilidade de ação penal, a não ser que seja uma
violência contra tudo o que existe neste País.”
Disse
ainda. “Estou muito tranquilo”.
O
petista disse que ‘o governo criou mecanismos para que nada fosse jogado
embaixo do tapete nesse País’. Para Lula, a presidente Dilma Roussef um dia
será enaltecida, pelo que ela criou condições para permitir que ‘neste país
todos saibam que têm que andar na linha’. Segundo o ex-presidente, isto vale do
‘mais humilde ao mais alto escalão brasileiro’.
Afirmou.
“A apuração de corrupção é um bem desse país.”
“Já
ouvi que delação premiada tem que ter o nome do Lula, senão não adianta”,
declarou. “Duvido que tenha um promotor, delegado, empresário que tenha a
coragem de afirmar que eu me envolvi em algo ilícito.”
O
ex-presidente afirmou que ‘tem uma tese que o Lula faz jogo de influência’. “As
pessoas deveriam me agradecer. O papel de qualquer presidente é vender os
serviços do seu País. Essa é a coisa mais normal em um país”, disse. “Como se o
papel de um presidente fosse ser vaca de presépio.”
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