O
candidato presidencial apoiado pelo PCP Edgar Silva salientou hoje que o antigo
presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, amigo do ex-presidente
norte-americano George W. Bush e da chanceler alemã, Angela Merkel, também vota
em Marcelo Rebelo de Sousa.
"Já
se sabia que Passos [Coelho], [Paulo] Portas e Cavaco [Silva] juntarão o seu
voto no caldeirão de Marcelo. Agora, ficámos a saber que Durão Barroso - aquele
mesmo que, abraçando Bush, agrediu o Iraque, o mesmo que, na Comissão Europeia,
se uniu a Merkel para esmagar os interesses nacionais - vê em Marcelo o modelo
perfeito de Presidente", afirmou, em comício no Porto.
Num
Pavilhão Rosa Mota com perto de 4.000 apoiantes, o antigo deputado regional
madeirense acusou o ex-presidente do PSD e comentador político, Rebelo de
Sousa, "bem pode disfarçar os seus apoios, proclamar a sua independência,
afirmar incómodo com o PSD e Passos Coelho", mas, "ainda há poucos
meses", os "apoiou abertamente nas legislativas".
"Dia
24 [de janeiro], terão a resposta dos trabalhadores, dos democratas, dos
patriotas de todos os portugueses que não querem ver seu voto misturado com
Portas, Passos, Cavaco ou Durão Barroso", prognosticou.
Incentivado
pela palavra de ordem herdada da Coligação Democrática Unitária (CDU), que
junta PCP e "Verdes" - "Edgar Avança, Com Toda a
Confiança!" - o ex-padre católico apelou à participação eleitoral dos
presentes no também conhecido como Palácio de Cristal.
"Marcelo
será derrotado porque é necessário repor em Belém quem cumpra e faça cumprir a
Constituição, quem não abra espaço a que a política agora derrotada de PSD e
CDS recupere o espaço perdido em 4 de Outubro", asseverou, antecipando uma
"enxurrada" de "pretensos argumentos, comentários e
comentadores, inquéritos e sondagens, apontando para determinismos ou
fatalismos quanto ao candidato apoiado pela direita".
Segundo
Edgar Silva, a sua candidatura "é a dos que não aceitam a ditadura dos
'eurocratas', dos que não se resignam aos déspotas" que querem Portugal
como "serviçal da obsessão do défice e da demais devastadora
'eurocracia'".
"É
tempo de assegurar na Presidência da República a presença de quem coloque à
frente dos interesses dos mercados, das agências de 'rating' ou do euro os
interesses de Portugal e do povo português, do seu direito a decidir, por si
próprio, do seu futuro coletivo", defendeu.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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