O
secretário-geral do PCP sublinhou hoje que o partido é uma "força política
séria" e enumerou diversas conquistas para os portugueses desde a tomada
de posse do Governo PS, com o qual foi conseguido "um sinal de
mudança".
No
comício de arranque da campanha presidencial do comunista Edgar Silva, no
Porto, Jerónimo de Sousa ressalvou que "o caminho que se abriu com a nova
situação não é fácil e não está isento de obstáculos", mas destacando uma
série de iniciativas legislativas aprovadas e outras previstas para os próximos
dias: "reposição do horário semanal das 35 horas na administração
pública" e "reposição do pagamento dos complementos de reforma aos
trabalhadores das empresas públicas".
"Somos
uma força política séria que respeitará a palavra e o compromisso expresso. Em
coerência com essa opção, estarão de acordo que o nosso compromisso de honra é
com os trabalhadores e o povo português, apoiando o que for bom para os
trabalhadores e para o povo e não apoiando o que for negativo", afirmou o
líder comunista.
Jerónimo
de Sousa vincou que "são reconhecidas as limitações que o grau de
convergência que a solução política acordada" entre PCP e PS, embora se
trate de "um sinal de mudança" a potenciar, especialmente na
Assembleia da República.
"Um
sinal de mudança positivo que se exige seja forte, dado também pelo governo do
PS e com novas medidas que deem resposta a outros problemas prementes",
desejou.
O
secretário-geral do PCP acusou "os mesmos que defenderam até ao fim e
ainda justificam o governo do PSD/CDS", que "intrigam e profetizam, a
cada proposta e iniciativa autónoma do PCP, a iminência da derrocada da atual
solução governativa", de terem "o objetivo de criar
dificuldades" "ao combate" que está a ser travado "para
inverter a política e medidas de exploração e empobrecimento dos últimos
anos".
"Outros,
em nome de uma política do mal menor que declinamos, querer-nos-iam ver, a nós,
aos trabalhadores e ao nosso povo como meros espetadores da vida do país e à
espera de uma qualquer benesse caída do céu. Desenganem-se todos! Estamos neste
novo quadro político que estamos a viver, como sempre estivemos, como agentes
da mudança de corpo inteiro, agindo, propondo, lutando para servir os
trabalhadores, o povo e o país", vincou, rejeitando quaisquer "visões
instrumentais e utilitárias da atividade do PCP".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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