Consideram
a ida ao tribunal legitimadora da farsa
Voz
da América
Os
activistas angolanos em prisão domiciliária pediram aos declarantes que
aparecem no alegado Governo de Salvação Nacional que não compareçam ao Tribunal
Provincial de Luanda.
A
todos, pedem também que produzam um video de 30 segundos a dizer a razão da sua
posição.
“Vocês
são pessoas idóneas, bem conhecidas da sociedade angolana e não merecem o
vexame público a que foram sujeitos com a intimação feita via imprensa pública,
manchando de forma absolutamente deliberada o vosso bom nome e reputação”,
escrevem os 14 réus para justificaram o seu pedido.
Para
os denominados revús, “depois dos esclarecimentos do jurista Albano Pedro,
insistir na vossa presença não tem outro intuito senão o de vos humilhar
simples e unicamente”.
A
ida ao tribunal, na óptica dos subscritores da carta “será legitimadora da
farsa, por isso, em nome da cidadania que queremos todos reforçar, exultamo-vos
a um acto de continuada desobediência civil”.
Por
isso,”não compareçam”, reiteram os activistas que revelam que o padre Pio
Wacussanga “tem sido vítima de perseguições na sua província de origem por ter
sido indevidamente associado ao caso”.
Um
video de 30 segundos com “declarações públicas das razões do vosso
boicote” é solicitado aos declarantes, a quem os réus pedem que sigam o exemplo
de José Patrocínio, Justino Pinto de Andrade, Makuta Nkondo e Marcolino Moco.
Aos
declarantes que já se fizeram presentes, “por respeito à ordem de um órgão de
soberania (que não é digno de vénia), por solidariedade a nós, réus e
protagonistas forçados nesta mascarada, ou por qualquer outro motivo, que façam
também um vídeo de 30 segundos apoiando a iniciativa que pedimos aos primeiros”,
continuam.
A
terminar a carta, os activistas dizem que “chega de vandalizar as instituições
que estão ao serviço da Nação e do soberano povo angolano” e pedem “resistência
à decadência” e “liberdade já”.
Refira-se
que o juiz Januário Domingos José renovou a prisão domiciliária por mais dois
meses.
Nito
Alves, que se encontra em prisão efectiva, não assinou a carta enviada ontem.
O
julgamento é retomado nesta terça-feira, 23, em Luanda.
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