O
magistrado moçambicano Marcelino Vilankulo, afeto à cidade de Maputo, foi
assassinado na noite de segunda-feira a tiro por desconhecidos nos arredores da
capital, informa hoje o jornal Notícias.
Segundo
o principal diário moçambicano, Vilankulo foi mortalmente baleado na cidade da
Matola, a cerca de oito quilómetros da capital moçambicana, quando seguia para
casa na sua viatura.
De
acordo com o diário, o magistrado tinha a seu cargo as investigações em torno
de raptos em que supostamente está envolvido Danish Satar, sobrinho de Nini
Satar, que está em liberdade condicional após ter cumprido pena por
envolvimento no homicídio, em 2000, do jornalista Carlos Cardoso.
Danish
Satar foi deportado de Itália para Moçambique no final do ano passado, após ter
saído do país em circunstâncias até agora desconhecidas, uma vez que se
encontrava em liberdade provisória a aguardar o andamento do processo em que é
indiciado de envolvimento em raptos.
A
Lusa tentou sem sucesso ouvir o Comando Geral da Polícia da República de
Moçambique sobre o homicídio de Marcelino Vilankulo.
Em
2014, um juiz que tinha em mãos processos relacionados com a onda de raptos em
Maputo, Diniz Silica, foi morto a tiro por desconhecidos até agora a monte, em plena
luz do dia na capital moçambicana.
Maputo
tem vindo a ser assolado por uma onda de raptos desde 2012 e dezenas de vítimas
já foram vítimas desse tipo de crime, havendo relatos de que a maioria tem sido
libertada mediante o pagamento de resgate.
Várias
pessoas foram condenadas a pesadas penas de prisão por envolvimento em raptos,
embora este continue a ser um crime relativamente frequente em algumas cidades
moçambicanas, sobretudo em Maputo.
PMA
// JPS - Lusa
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