Os
sismos que abalaram o sudoeste do Japão desde quinta-feira fizeram pelo menos
35 mortos, um balanço que pode aumentar porque há ainda muitos feridos presos
nos escombros e a probabilidade de novas réplicas é elevada.
A
região de Kumamoto, na ilha de Kyushu, foi abalada nas últimas 48 horas por uma
série excecional de fortes tremores de terra que provocou derrocadas, incêndios
e deslizamentos de terras.
"Sabemos
que há pessoas debaixo dos escombros em vários locais. A polícia, os bombeiros
e as forças de autodefesa [exército] estão a fazer tudo para as socorrer",
disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, numa conferência de imprensa.
Pelo
menos mil pessoas sofreram ferimentos, 184 delas com gravidade, segundo as
autoridades locais.
Mais
de 90.000 residentes da região foram retirados, entre os quais 300 habitantes
de uma zona ribeirinha, próxima de uma barragem em risco de ruir.
"Antes
de mais temos de salvar vidas, temos de agir depressa", disse o
primeiro-ministro, Shinzo Abe, que cancelou uma visita à zona e convocou um
conselho de crise, depois de ordenar o destacamento de 20.000 militares para a
região.
O
último e mais forte sismo, de magnitude 7,3 na escala de Richter, ocorreu na madrugada
de hoje e teve epicentro a 10 quilómetros de profundidade na costa ocidental da
ilha de Kyushu, a mais ao sul das quatro principais ilhas japonesas.
Um
primeiro sismo, de magnitude 7,0, ocorrido na quinta-feira na mesma zona, tinha
feito dez mortos e 1.126 feridos e obrigado à retirada de 44.000 pessoas.
Desde
o primeiro sismo registaram-se mais de 300 réplicas nas regiões de Kumamoto e
Oita e, depois do segundo, 69, uma delas de magnitude 5,4, segundo a agência
meteorológica japonesa.
A
agência alertou para a probabilidade de novos sismos, alguns de elevada
intensidade, e para o risco de novos deslizamentos de terras, tendo em conta a
previsão de chuva forte durante o fim de semana na região.
MDR
// CC - Lusa
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