O
ideal é que o Expresso Curto seja publicado de manhã, por esta hora quase que só
serve aos retardatários. Lamentamos, mas nada podemos fazer. Os leitores do PG
podem resolver isto de uma penada, ou duas. De manhã vão à origem do Curto, o
Expresso, depois podem vir aqui ao PG. E também, depois, podem não vir mais ao
PG. Verdade nua e crua. Mas é a verdade. Pedimos desculpa pela falta de
pontualidade que nestes últimos tempos vimos demonstrando. Compreendemos que se
“pirem”. Não só pelo Curto mas por tudo que aqui já não é certo. Publicamos
tarde e a más horas e às vezes nem isso. Não era o que acontecia no PG mas tem
sido assim. Até dá vontade de suspender as publicações por uns tempos. Só
regressar quando for assegurada a pontualidade. Talvez seja o que venha a
acontecer. Vontade não falta. Adiante.
Hoje
é um bom dia, para ler o Curto. Cafeína manipulada por Miguel Cadete. Trás boa
disposição, a de Ricardo Araújo Pereira e a do hilariante negócio Banco Novo de
velhos vícios. Ai pagamos, pagamos… Muito mais do que aquilo que já pagámos. E
o Salgado por aí anda, impune. Como outros. Agora resta arrastar a “cena” por
muitos anos e depois vá de “arquivar”. Foi o que aconteceu ainda ontem aos
amiguinhos do Cavaco Silva: Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Pois claro.
Coitados, tão inocentes que eles são. Qual burlões, qual carapuça. São gente
honesta, como Cavaco e toda a trupe do BPN/SLN… Só mal intencionados são
capazes de caluniar gente tão… Isso, tão… Adiante.
Siga
para ler o Expresso Curto, se é que não leu. Vem bem servido. Com duas anedotas. Uma do Araújo Pereira e outra deste povo pagante, pagante pagante... Tão pagante que evidencia o seu vício em sustentar chulos. Pois. Quanto ao resto, que é o que se segue. Cadete? Não.
General da prosa, do jornalismo. Pois. Vá ler. Tenham mais um dia muito feliz, como todos os outros que já lá vão. Alegrem-se, ainda há mais bancos, banqueiros, vigaristas e "inocentes" para salvar! (MM
/ PG)
Uma
anedota de Ricardo Araújo Pereira e muito dinheiro deitado à rua
É
permitido começar o Expresso Curto com uma anedota? Não! OK. Se não é possível,
deixo a piada do Ricardo Araújo Pereira sobre a venda do Novo
Banco à Lone Star lá mais para o fim.
Mas há outras. No Expresso Diário de ontem, apesar dos nós que ainda é preciso desatar, percebe-se que os 4,9 mil milhões que o Estado injetou em agosto de 2014 estão hoje, se tudo correr bem, transformados em 333 milhões de euros. Uma desvalorização de 93%.
Mário Centeno, ministro das Finanças, diz que o negócio com a Lone Star foi o que se conseguiu arranjar. O PS diz que a culpa é do anterior governo. E o PSD tenta colar o PCP e o BE ao que chama um “mau negócio”. Ou seja, todos concordam que a venda de 75% do Novo Banco à Lone Star foi mazinha. A culpa não é de ninguém. Mas o dinheiro era nosso.
Se acha que já gastou – ou vai gastar – muito dinheiro no Novo Banco, veja aqui as contas do Pedro Santos Guerreiro. Não são apenas esses 4,9 mil milhões que por artes mágicas se transformaram em 333; são, ao todo, com empréstimos obrigacionistas e mais injeções intra-musculares, cerca de 11 mil milhões de euros o que vai custar o “banco bom” do antigo BES.
Caso, ao ler as notícias do início da semana, tenha achado um disparate que Portugal, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, já gastou 13 mil milhões de euros a salvar os bancos desde 2007, fique com mais essa.
O que vale é que este inferno da banca portuguesa está prestes a terminar. Ah, espera: ainda há o Montepio. Ontem, no Expresso Diário, diz-se que a Santa Casa da Misericórdia “não assume riscos indevidos” e que, então, é preciso estudar a sua entrada no capital da Caixa Económica do Montepio Geral. Santana Lopes a meter água na fervura do Governo.
E a CGD? Bem, a Fitch decretou também ontem que a dívida de 500 milhões de euros emitida pelo banco do Estado, em março, tem notação igual a lixo. Diz o “Dinheiro Vivo” que “o ‘rating’ de ‘B-‘ (é) o sexto dentro do grau de não investimento ou ‘lixo’”.
E agora, que está quase na hora de contar a anedota do Ricardo Araújo Pereira, terei que inventar uma péssima notícia sobre o Novo Banco. Eis que chega a Moody’s, outra agência de rating, em meu socorro: a notícia tem, também, a data de ontem, está no “Jornal de Negócios” e diz que Troca de dívida leva Moody’s a cortar “rating” do Novo Banco. Como é possível? Lê-se ainda, logo na entrada, “a agência baixou a notação da dívida sénior do Novo Banco para o oitavo nível de ‘lixo’. E os ‘ratings’ estão sob vigilância negativa”.
Mas há outras. No Expresso Diário de ontem, apesar dos nós que ainda é preciso desatar, percebe-se que os 4,9 mil milhões que o Estado injetou em agosto de 2014 estão hoje, se tudo correr bem, transformados em 333 milhões de euros. Uma desvalorização de 93%.
Mário Centeno, ministro das Finanças, diz que o negócio com a Lone Star foi o que se conseguiu arranjar. O PS diz que a culpa é do anterior governo. E o PSD tenta colar o PCP e o BE ao que chama um “mau negócio”. Ou seja, todos concordam que a venda de 75% do Novo Banco à Lone Star foi mazinha. A culpa não é de ninguém. Mas o dinheiro era nosso.
Se acha que já gastou – ou vai gastar – muito dinheiro no Novo Banco, veja aqui as contas do Pedro Santos Guerreiro. Não são apenas esses 4,9 mil milhões que por artes mágicas se transformaram em 333; são, ao todo, com empréstimos obrigacionistas e mais injeções intra-musculares, cerca de 11 mil milhões de euros o que vai custar o “banco bom” do antigo BES.
Caso, ao ler as notícias do início da semana, tenha achado um disparate que Portugal, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, já gastou 13 mil milhões de euros a salvar os bancos desde 2007, fique com mais essa.
O que vale é que este inferno da banca portuguesa está prestes a terminar. Ah, espera: ainda há o Montepio. Ontem, no Expresso Diário, diz-se que a Santa Casa da Misericórdia “não assume riscos indevidos” e que, então, é preciso estudar a sua entrada no capital da Caixa Económica do Montepio Geral. Santana Lopes a meter água na fervura do Governo.
E a CGD? Bem, a Fitch decretou também ontem que a dívida de 500 milhões de euros emitida pelo banco do Estado, em março, tem notação igual a lixo. Diz o “Dinheiro Vivo” que “o ‘rating’ de ‘B-‘ (é) o sexto dentro do grau de não investimento ou ‘lixo’”.
E agora, que está quase na hora de contar a anedota do Ricardo Araújo Pereira, terei que inventar uma péssima notícia sobre o Novo Banco. Eis que chega a Moody’s, outra agência de rating, em meu socorro: a notícia tem, também, a data de ontem, está no “Jornal de Negócios” e diz que Troca de dívida leva Moody’s a cortar “rating” do Novo Banco. Como é possível? Lê-se ainda, logo na entrada, “a agência baixou a notação da dívida sénior do Novo Banco para o oitavo nível de ‘lixo’. E os ‘ratings’ estão sob vigilância negativa”.
Parece
uma confusão? A manchete do “Diário de Notícias” diz que o caso
BES tem mais de 1500 processos nos tribunais. Sete inquéritos-crime à
gestão, 200 queixas de privados e 50 para impugnar decisões de
resolução do Banco de Portugal ajudam a compor um imbróglio em que 19
mil pessoas e empresas reclamam créditos.
O que vale é que tristezas não pagam dívidas. Vamos ao RAP. Está na edição de hoje da revista “Visão”, acabada de chegar às bancas a anedota sobre a venda do Novo Banco à Lone Star: “tal como sucede com o Lone Ranger [herói-justiceiro da banda desenhada americana, criado em 1932 por George W. Trendle e que em Portugal ficou conhecido como O Mascarilha], a identidade da Lone Star também é mais ou menos misteriosa. Sabemos apenas que vai tomar conta do banco coadjuvado pelo Estado (…). O que significa que, como já desconfiávamos, nesta história, o Estado português é, obviamente, o Tonto”.
Não tem piada? Pois não! Mas fique sabendo que o BCP está a processar Hélder Bataglia pela módica quantia de 14 milhões de euros. Conta o Expresso que a ação pretende cobrar esse valor “à empresa Domuslisboa, uma imobiliária controlada por Helder Bataglia e Luís Horta e Costa, ambos ligados à empresa que detém o empreendimento turístico Vale do Lobo”.
Vale de Lobo – Operação Marquês – Operação Marquês – José Sócrates – José Sócrates – Armando Vara. Chegamos finalmente à manchete do Expresso Diário de ontem e à do Expresso online de hoje: Armando Vara viu a sua pena no caso Face Oculta confirmada pelo Tribunal da Relação. “A pena de cinco anos de prisão a que Armando Vara (ex-ministro da Juventude e do Desporto) e José Penedos (ex-secretário de Estado da Energia e ex-presidente da REN) foram condenados (…) não permite qualquer recurso para o tribunal imediatamente superior, o Supremo.” Vara havia sido condenado por tráfico de influências. Mas não vai já para a prisão.
Já José Sócrates, de acordo com o despacho de indiciação do Ministério Público que é hoje tornado público pela revista “Sábado”, terá tido cuidados acrescidos na ocultação de dinheiros a partir do momento em que os casos Freeport e Face Oculta passaram a ser mediatizados. Isto mesmo foi-lhe apresentado quando se apresentou para ser interrogado a 13 de março. Na mesma ocasião soube-se que o seu amigo Carlos Santos Silva terá feito mais de 120 levantamento, em dinheiro vivo, a seu pedido.
Só mais uma! Dias Loureiro: “estou estarrecido. É um arquivamento com insinuações”. Diz o “Diário de Notícias” que o Ministério Público por falta de provas decidiu arquivar o inquérito contra Dias Loureiro e Oliveira e Costa no caso BPN. O despacho conclui que não houve crime. Segundo o “DN”, Dias Loureiro admite recorrer ao Tribunal dos Direitos do Homem.
Crime! Qual crime? Crime é começar o Expresso Curto sem uma boa anedota.
O que vale é que tristezas não pagam dívidas. Vamos ao RAP. Está na edição de hoje da revista “Visão”, acabada de chegar às bancas a anedota sobre a venda do Novo Banco à Lone Star: “tal como sucede com o Lone Ranger [herói-justiceiro da banda desenhada americana, criado em 1932 por George W. Trendle e que em Portugal ficou conhecido como O Mascarilha], a identidade da Lone Star também é mais ou menos misteriosa. Sabemos apenas que vai tomar conta do banco coadjuvado pelo Estado (…). O que significa que, como já desconfiávamos, nesta história, o Estado português é, obviamente, o Tonto”.
Não tem piada? Pois não! Mas fique sabendo que o BCP está a processar Hélder Bataglia pela módica quantia de 14 milhões de euros. Conta o Expresso que a ação pretende cobrar esse valor “à empresa Domuslisboa, uma imobiliária controlada por Helder Bataglia e Luís Horta e Costa, ambos ligados à empresa que detém o empreendimento turístico Vale do Lobo”.
Vale de Lobo – Operação Marquês – Operação Marquês – José Sócrates – José Sócrates – Armando Vara. Chegamos finalmente à manchete do Expresso Diário de ontem e à do Expresso online de hoje: Armando Vara viu a sua pena no caso Face Oculta confirmada pelo Tribunal da Relação. “A pena de cinco anos de prisão a que Armando Vara (ex-ministro da Juventude e do Desporto) e José Penedos (ex-secretário de Estado da Energia e ex-presidente da REN) foram condenados (…) não permite qualquer recurso para o tribunal imediatamente superior, o Supremo.” Vara havia sido condenado por tráfico de influências. Mas não vai já para a prisão.
Já José Sócrates, de acordo com o despacho de indiciação do Ministério Público que é hoje tornado público pela revista “Sábado”, terá tido cuidados acrescidos na ocultação de dinheiros a partir do momento em que os casos Freeport e Face Oculta passaram a ser mediatizados. Isto mesmo foi-lhe apresentado quando se apresentou para ser interrogado a 13 de março. Na mesma ocasião soube-se que o seu amigo Carlos Santos Silva terá feito mais de 120 levantamento, em dinheiro vivo, a seu pedido.
Só mais uma! Dias Loureiro: “estou estarrecido. É um arquivamento com insinuações”. Diz o “Diário de Notícias” que o Ministério Público por falta de provas decidiu arquivar o inquérito contra Dias Loureiro e Oliveira e Costa no caso BPN. O despacho conclui que não houve crime. Segundo o “DN”, Dias Loureiro admite recorrer ao Tribunal dos Direitos do Homem.
Crime! Qual crime? Crime é começar o Expresso Curto sem uma boa anedota.
OUTRAS
NOTÍCIAS
(Lá nos EUA, onde os maus são realmente maus) Steve Bannon foi afastado do
Conselho de Segurança Nacional. Fonte da Casa Branca disse ao “Washington
Post” que a
sua missão estava cumprida pois o objetivo era “monitorizar” Michael Flynn,
que se demitiu em fevereiro passado por alegadas relações próximas com os
russos. Flynn pediu, na semana passada, “imunidade” para poder falar sobre o
seu caso.
Donald Trump mudou de perspetiva quanto à Síria. O Presidente dos EUA disse ontem que não iria tolerar a utilização de armas químicas na Síria o que foi entendido, segundo o “New York Times”, como um primeiro passo para uma maior participação do seu país na guerra da Síria. Até ontem, Trump tinha-se sempre manifestado contra a participação dos EUA numa guerra civil que dura há seis anos.
Prometeu também endurecer a sua posição face à Coreia do Norte de maneira a fazer face às provocações coreanas. O anúncio acontece horas antes de Donald Trump se encontrar com o Presidente da China, Xi Jinping, no seu resort de Mar-al-Lago, onde, de acordo com o “The Guardian” se irá debater, precisamente, o programa nuclear de Pyongyang. Segundo o jornal inglês, Trump terá telefonado ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, não colocando de parte uma intervenção militar na Coreia do Norte.
Deputados do PS e do PSD defendem o regresso do serviço militar obrigatório. Como é da tradição, e é recordado hoje no trabalho que faz manchete do jornal “i”, o PCP é o único partido que está contra o atual sistema. Também a Suécia vai voltar a ter SMO e na França, à beira de eleições presidenciais, o tema também está em cima da mesa.
A ETA está pronta para se dissolver, lê-se na manchete do “El País”. O grupo terrorista basco vai entregar todo o seu arsenal de armas no próximo sábado. David Pla, o líder do seu braço político, atualmente numa prisão francesa, declarou que depois do desarmamento a ETA irá entrar num “processo de reflexão”.
Dívida dos hospitais às farmacêuticas cresce um milhão por dia. A manchete do “Público” revela que, segundo a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, a dívida dos hospitais voltou a disparar nos primeiros meses deste ano. Segundo as últimas contas, ascende a 844 milhões de euros.
O Estoril esteve quase a transformar o Estádio da Luz num Casino. Na meia-final da Taça de Portugal foi empatar com o Benfica por três golos e teve, nos momentos finais, a hipótese de virar o resultado da primeira mão não fosse Kleber ter falhado o cabeceamento que seria fatal. Quatro extremos não fazem um ponta de lança, avisa Pedro Candeias.
Já houve um treinador que levou o Estoril à Liga Europa. Depois disso, ofereceu a Taça de Portugal ao Sporting, mas foi despedido. Seguiu para a Grécia, onde se sagrou campeão pelo Olimpiakos. E este ano partiu para o Reino Unido. Foi treinar o Hull, que estava no último lugar da tabela. Ontem, depois da sétima vitória em oito jogos, retirou a equipa inglesa da zona de despromoção. Chama-se Marco Silva.
Estreia-se hoje, numa sala perto de si, o filme de Nick Willing dedicado à sua mãe, Paula Rego. “História e Segredos” é uma viagem à vida e obra da pintora que há muito trocou Portugal pelo Reino Unido. A Alexandra Carita foi visitar o seu ateliê, num bairro da zona norte de Londres, e contou o que por lá viu numa reportagem que fez capa do último número da Revista do Expresso. Às vezes, não é bonito.
A
BLITZ anunciou ontem que Father John Misty vai estar de novo em Portugal. É
em novembro, no Coliseu dos Recreios, para o 15º aniversário da Rádio Radar.
FRASES
“Matteo Renzi é uma espécie de José Sócrates de mochila”. Paulo Portas na revista “Egoísta”, citado pelo jornal “i”
“Entrada das misericórdias no Montepio é um disparate”. Bagão Félix no “Público”
“Até sairmos somos membros da União Europeia”. Lord Boswell, presidente da Comissão de Assuntos Europeus da Câmara dos Lordes, no “DN”
“Os chineses estão a estudar Trump”. Federico Rampini, jornalista italo-americano, no “DN”
O QUE ANDO A LER
Faz falta alguém assim. Alguém como Kenneth Clark ,que entre todas as façanhas que protagonizou no mundo da história de arte – aos 30 anos já era diretor da National Gallery de Londres – se transformou ainda no seu maior divulgador através de um documentário em série que a BBC transmitiu em 1969 e que se chamava “Civilization”.
Os vários episódios podem ser vistos no YouTube e neles salta aos olhos não só a sua eloquência mas também o fervor com que defendia os valores da nossa civilização, de acordo com um arreigado classicismo. Desde a Idade Média até aos alvores da I Guerra Mundial, Clark, que havia de aderir ao partido conservador e converter-se ao catolicismo, passou a limpo a história da arte como ninguém o fez na TV.
Passou também as suas “Memórias” para o papel e foi objeto de estudo por parte de vários biógrafos. Provavelmente, nenhuma dessas biografias é tão complexa como aquela assinada por James Stourton: “Kenneth Clark – Life, Art and Civilisation”publicada pela Harper Collins no final do ano passado.
Uma constatação logo nas primeiras páginas, enquanto o autor descreve o ambiente familiar de Clark, antes de ir para os colégios: o seu gosto e adoração pelas artes não passava de mediano. Não há ninguém que sinta a urgência da arte – ou da civilização - se cresceu sempre rodeado das mais belas obras. Da mesma maneira, as civilizações podem ser obliteradas, como sucedeu com o Império Romano. Mas isso é regressar ao primeiro episódio da série de TV que Clark popularizou.
“Matteo Renzi é uma espécie de José Sócrates de mochila”. Paulo Portas na revista “Egoísta”, citado pelo jornal “i”
“Entrada das misericórdias no Montepio é um disparate”. Bagão Félix no “Público”
“Até sairmos somos membros da União Europeia”. Lord Boswell, presidente da Comissão de Assuntos Europeus da Câmara dos Lordes, no “DN”
“Os chineses estão a estudar Trump”. Federico Rampini, jornalista italo-americano, no “DN”
O QUE ANDO A LER
Faz falta alguém assim. Alguém como Kenneth Clark ,que entre todas as façanhas que protagonizou no mundo da história de arte – aos 30 anos já era diretor da National Gallery de Londres – se transformou ainda no seu maior divulgador através de um documentário em série que a BBC transmitiu em 1969 e que se chamava “Civilization”.
Os vários episódios podem ser vistos no YouTube e neles salta aos olhos não só a sua eloquência mas também o fervor com que defendia os valores da nossa civilização, de acordo com um arreigado classicismo. Desde a Idade Média até aos alvores da I Guerra Mundial, Clark, que havia de aderir ao partido conservador e converter-se ao catolicismo, passou a limpo a história da arte como ninguém o fez na TV.
Passou também as suas “Memórias” para o papel e foi objeto de estudo por parte de vários biógrafos. Provavelmente, nenhuma dessas biografias é tão complexa como aquela assinada por James Stourton: “Kenneth Clark – Life, Art and Civilisation”publicada pela Harper Collins no final do ano passado.
Uma constatação logo nas primeiras páginas, enquanto o autor descreve o ambiente familiar de Clark, antes de ir para os colégios: o seu gosto e adoração pelas artes não passava de mediano. Não há ninguém que sinta a urgência da arte – ou da civilização - se cresceu sempre rodeado das mais belas obras. Da mesma maneira, as civilizações podem ser obliteradas, como sucedeu com o Império Romano. Mas isso é regressar ao primeiro episódio da série de TV que Clark popularizou.
Por
hoje é tudo. Acompanhe toda a atualidade no Expresso Online. Às 18 horas chega
mais um Expresso Diário. E amanhã estará por aqui Nicolau Santos para servir
mais uma bica escaldada pois o vate, depois de umas merecidas férias, há-de vir
cheio de ganas.
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