Os
sem-abrigo levaram o PR Marcelo Rebelo de Sousa e pronunciar-se (notícia a
seguir) como La Palice. É a verdade pura e dura. Eles não podem "esperar
pela aceleração do crescimento", afirmou. E não, não podem esperar. São
cidadãos que por razões de ordem psicológica, de desemprego, de sérias
dificuldades financeiras, etc., chegaram à condição a que chegaram e muito
raramente dali saem – a não ser para prisões ou para a morte.
Na
chacina das condições de vida dos quatro anos em que o governo de Passos Coelho
arrasou os portugueses o aumento de pessoas sem-abrigo aumentou explosivamente,
com o agravante de assim já vir a acontecer lentamente durante a vigência do
governo de José Sócrates. Ambos os governos varreram para debaixo do tapete
esse problema, muito mais o de Passos Coelho.
O
ministro de Passos Coelho com a pasta da solidariedade e segurança social,
Gomes Mota, entreteve-se a tapar o sol com a peneira, a organizar cantinas, a
passar umas horas com velhinhas na paróquia dos Anjos, a fazer que se
“misturava” com os plebeus mais desesperados do país… e pouco mais. Nunca meteu
as mãos na massa – ou seja, nunca enfrentou o problema como devia. Limitando-se
a brincar à caridadezinha em parceria com a senhora Junet do Banco da Fome.
Tratar convenientemente das pessoas carenciadas de praticamente tudo é que não.
Nem tratar principalmente da saúde mental e de lhes proporcionar que vissem a
luz ao fundo do túnel: condições materiais e humanas, um emprego que lhes possibilitasse
viverem com dignidade. Um emprego devidamente remunerado.
Passos
Coelho e o seu governo, com Portas e Gomes Mota, esteve sempre a lutar para
conseguir baixar salários, aumentar os dias e as horas de trabalho, cortar nas
pensões já irrisórias, etc. A aposta e o desempenho foi para miserabilizar os
portugueses e criar mais fortunas a uns quantos por via da propalada “crise”.
Conseguiram em grande parte. Teriam conseguido muito mais se bizassem em outro
governo. O que atualmente não acontece, felizmente. Em vez disso avançou aquilo
a que deram o epíteto de “geringonça”. Tem sido essa tal “geringonça” que tem
provado que foi e é possível governar sem os cortes gigantescos e criminosos
impostos pelo governo de Passos e Portas, com aplausos de Cavaco Silva.
Chamam-lhes liberais mas não são menos que fascistas que desprezam os mais
pobres, os mais incapacitados, arrastando-os com as suas políticas para ainda
piores vidas de sobrevivência, de miséria absoluta. Temos agora à vista de
todos nós um problema de enorme pobreza que é imensurável, que dificilmente
será resolvido na próxima década.
Entretanto,
Passos, Portas, Gomes Mota, Junet - a sujeita do Banco da Fome - e outros
profissionais do fabrico da pobreza, estão muito bem nas suas vidas de nababos
da monstruosidade social, extasiando-se com as suas pseudo-caridades que lhes
fortalece o ego, tão abalados que estão pela prova de que governaram mal o país
e só beneficiaram aqueles que sempre foram beneficiados com a licença de
exploração dos trabalhadores, dos sempre pobres ou remediados. Afinal, os que
quase sempre têm sido escravos e objetos animados com as capacidades da força
de trabalho usada em alta percentagem para beneficio daquilo que já
popularmente chamam Donos Disto Tudo. Esses são poucos, mas demasiados. Nem
deviam de existir, muito menos gozarem de impunidade total. E ainda hoje é
assim que acontece. Até quando?
Esses
foram o governo de Passos, de Portas, de Cavaco. Esses continuam no ativo. Nem
António Costa os consegue sacudir e anular. São lapas viscosas, famintas de
miserabilizarem milhões de portugueses. De muito mais milhões globalmente. Este
é o quadro que até agora tem sido permanente. Até quando?
Para
enfrentarem os problemas da pobreza, dos sem-abrigo, precisam de crescimento…
Mas o que tem vindo a crescer cada vez mais são os sem-abrigo, os do fim da
linha, a pobreza por reflexo de desgovernação de Passos Coelho e outros cujos interesses ele representou (representa) enquanto primeiro-ministro.
Marcelo
diz bem, quando refere que não se pode “esperar pela aceleração do crescimento”
para enfrentar e resolver a pobreza, os sem-abrigo, os que “ficaram para trás”.
Mais difícil é pôr em prática o combate à pobreza sem que os que a causaram
dentro das nossas fronteiras sejam punidos e devolvam o que roubaram e teve de
ser reposto por todos os portugueses. E o que roubaram está em paraísos
fiscais… E mais onde possam chegar as condenações e devidas expropriações, se
necessário. Só com vontades não chegamos lá, são precisos atos de homens e
mulheres que sejam justos, humanos, que prezem os sãos valores da República e
da democracia.
Tão
bem quanto qualquer de nós Marcelo sabe que “palavras levam-nas o vento” e que
“não basta dizer, é preciso fazer”.
As palavras de Marcelo, se continuar a ler. (MM | PG)
Problema
dos sem-abrigo não pode "esperar pela aceleração do crescimento"
O
Presidente de República, Marcelo Rebelo de Sousa, advertiu que a resolução do
problema das pessoas em situação de sem-abrigo não pode "esperar pela
aceleração do crescimento".
Em
entrevista à TVI, que será divulgada hoje na íntegra, Marcelo Rebelo de Sousa
alertou mais uma vez para a questão dos sem-abrigo, sublinhando que "a
função do Presidente da República é chamar a atenção para os problemas e
pressionar para que aquilo que depende do poder executivo seja acelerado".
"Eu
penso que o Presidente da República ao mesmo tempo que puxa pelo crescimento,
que puxa pelo investimento - porque isso é essencial -, tem de olhar para
aqueles problemas do imediato, que estão aí e que não podem esperar pela
aceleração do crescimento", defendeu na entrevista, que acompanha uma
reportagem sobre esta população.
Marcelo
Rebelo de Sousa apelou ainda para que não se esqueçam destas pessoas que vivem
nas ruas das cidades ou em centros de acolhimento.
"Supondo
que começa mesmo o crescimento e o emprego não se esqueçam dos que ficaram para
trás", disse, vincando: "Há muitos que ficam para trás e ficam
irremediável e definitivamente para trás. Não se esqueçam deles".
No
início do mês, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que a nova estratégia do Governo
de combate à situação dos sem-abrigo seja aplicada já este ano, para que este
problema esteja erradicado em 2023.
Questionado
na altura se o Governo tem atuado com eficácia neste domínio, o chefe de Estado
sublinhou que o horizonte de aplicação da anterior estratégia terminou em 2015
e que "2016 foi um compasso de espera" para que o executivo
apresentasse a nova estratégia 2017-2023.
Lusa
| Notícias ao Minuto
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