Comando
conjunto entre Moscou, Teerã e forças pró-Assad na Síria disseram que EUA
'conhecem bem nossas capacidades'; Putin e Rohani disseram que ação
norte-americana contra Damasco é 'inaceitável'
"Estamos
preparados para responder a qualquer agressão ou transgressão das linhas
vermelhas por parte de qualquer um. Os Estados Unidos conhecem bem nossas
capacidades de resposta", afirmou o comando.
O
comunicado acrescenta que "a agressão dos EUA
na Síria ultrapassa e ataca a soberania do povo e do Estado
(sírio)" e afirmou que o país árabe está há seis anos lutando contra o
terrorismo em nome do resto do mundo.
“A
agressão dos EUA não dissuadirá os aliados que lutam contra o terrorismo e o
eliminam”, diz a nota. “Continuaremos lutando junto ao exército Árabe
de Síria e trabalharemos com ele para liberar o território sírio da
abominação do terrorismo”, destaca o texto.
Mais
cedo, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e do Irã, Hassan Rohani,
conversaram por telefone e reiteraram hoje sua condenação ao ataque dos EUA.
"Ambas
partes destacaram que são inaceitáveis as ações agressivas dos EUA contra um
Estado soberano e contra o direito internacional. Os dois também defenderam uma
investigação objetiva e imparcial do incidente com armas químicas de 4 de abril
na província de Idlib", informou um comunicado do Kremlin.
Os
dois presidentes também enfatizaram a importância de manter uma cooperação
estreita para impulsionar uma solução política para o conflito armado sírio.
Rússia
e Irã são os principais aliados do presidente sírio Bashar al Assad, que
conseguiu se impor no terreno sobre a oposição armada graças ao apoio militar
desses dois países.
O
presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou há dois dias um ataque com 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea síria,
em represália pelo uso de armas químicas em uma localidade de Idlib, que a Casa
Branca atribuiu ao Exército sírio.
A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, disse hoje
em uma entrevista à emissora CNN que Trump considera adotar novas
sanções contra Moscou e Teerã por seu apoio a Assad.
Opera
Mundi, com Agência Efe
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