A
questão é uma das muitas que fazem parte da carta que os oficiais das Forças
Armadas endereçam ao Presidente da República. Pedem, ainda, a recondução dos
cinco militares exonerados.
Leais
ao Presidente da República, leais às chefias militares, mas duros com os
políticos. Na carta dirigida a Marcelo Rebelo de Sousa, os Oficiais das Forças
Armadas falam em exemplo desastroso de uma classe que deixou de ser respeitada
no país. Ao longo de oito páginas, desfilam críticas e colocam-se questões
directas que atiram sempre ao mesmo alvo.
"Quando
é que os partidos políticos e os representantes do povo deixam de brincar com o
país?", "Quando é que deixam de pensar nas próximas eleições e se ajudam?",
"Quando é que temos uma classe política com verdadeiro sentido de serviço
público?".
Respostas,
os Oficiais das Forças Armadas não dão, mas afirmam que é neste cenário que têm
vivido nos últimos anos. Como bola de arremesso entre interesses partidários,
de todos os partidos. Da direita à esquerda.
A
necessidade de equipar as forças armadas, mas também as forças policiais, é
outro recado que faz parte da carta para o Presidente da República. Os
militares dizem que é um investimento de vida, na segurança do país... e não um
custo igual às mordomias e luxúria de festas em que vivem alguns políticos.
Sobre os cinco militares exonerados, os oficiais falam em humilhação pública, como se fossem incompetentes. Quem os exonerou, foi uma política conduzida por quem não sabe o que é dever e honra e que todos os dias demonstra falta de patriotismo.
Assim,
no final da carta, os oficiais apelam ao Comandante Supremo das Forças Armadas,
Marcelo Rebelo de Sousa, e ao Chefe Estado Maior do Exército, Rodovisco Duarte,
que reconduzam os militares afastados após o assalto em Tancos.
Se
o fizerem, o erro será corrigido. Voltar atrás seria um sinal de honradez de
todos os envolvidos.
Sónia
Santos Silva | TSF – ontem 4/7
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