Algum
do material coincide com o que agora é dado com roubado. PGR foi avisada há
meses sobre risco de assalto a instalações militares
A
Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu uma denúncia de que poderia estar
para breve um assalto em grande escala a instalações militares. Este acabou
mesmo por acontecer, em Tancos, a semana passada.
A
notícia é avançada pela Sábado, que acrescenta que, tendo em conta o
inquérito-crime aberto pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal
(DCIAP) devido a denúncias que alertavam para potenciais riscos na segurança
nacional, as medidas sugeridas, ou acabaram por não ser tomadas, ou não tiveram
efeitos práticos.
A
SIC Notícias avança que também a Polícia Judiciária (PJ) avisou, em 2016, para
o facto de poder estar a ser desviado armamento de quartéis.
O
caso está a gerar polémica entre os vários intervenientes em todo o processo
Durante
uma operação da PJ que acabou por desmantelar uma rede de tráfico de armas, em
que estava envolvido um sargento-chefe dos Paraquedistas de Tancos, foi
apreendido algum material, só disponível nas Forças Armadas, que coincide com
equipamento dado agora como roubado.
"Associação
criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional"
A
Procuradoria-Geral da República confirmou na terça-feira que em causa, no roubo
de material de guerra em Tancos, "estão em causa, entre outras, suspeitas da
prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e
terrorismo internacional".
Num
comunicado, a PGR afirmou que "face a notícias relativas ao
desaparecimento de material de guerra ocorrido em Tancos foram, desde logo, nos
termos legais, iniciadas investigações" e que, "na sequência de
análise aprofundada dos elementos recolhidos, o Ministério Público apurou que
tais factos, se integram numa realidade mais vasta".
"Atenta
a natureza e gravidade destes crimes e os diferentes bens jurídicos protegidos
pelas respetivas normas incriminadoras, o Ministério Público decidiu que a
investigação relativa aos factos cometidos em Tancos deveria prosseguir no
âmbito de um inquérito com objeto mais vasto a ser investigado no Departamento
Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)", diz o comunicado.
O
furto de material de guerra em paióis de Tancos foi detetado no dia 28 de
junho.
Diário
de Notícias (em atualização)
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