quinta-feira, 6 de julho de 2017

QUEM TE AVISA... | PGR foi avisada há meses sobre risco de assalto a instalações militares



Algum do material coincide com o que agora é dado com roubado. PGR foi avisada há meses sobre risco de assalto a instalações militares

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu uma denúncia de que poderia estar para breve um assalto em grande escala a instalações militares. Este acabou mesmo por acontecer, em Tancos, a semana passada.

A notícia é avançada pela Sábado, que acrescenta que, tendo em conta o inquérito-crime aberto pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) devido a denúncias que alertavam para potenciais riscos na segurança nacional, as medidas sugeridas, ou acabaram por não ser tomadas, ou não tiveram efeitos práticos.

A SIC Notícias avança que também a Polícia Judiciária (PJ) avisou, em 2016, para o facto de poder estar a ser desviado armamento de quartéis.

O caso está a gerar polémica entre os vários intervenientes em todo o processo

Durante uma operação da PJ que acabou por desmantelar uma rede de tráfico de armas, em que estava envolvido um sargento-chefe dos Paraquedistas de Tancos, foi apreendido algum material, só disponível nas Forças Armadas, que coincide com equipamento dado agora como roubado.

"Associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional"

A Procuradoria-Geral da República confirmou na terça-feira que em causa, no roubo de material de guerra em Tancos, "estão em causa, entre outras, suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional".

Num comunicado, a PGR afirmou que "face a notícias relativas ao desaparecimento de material de guerra ocorrido em Tancos foram, desde logo, nos termos legais, iniciadas investigações" e que, "na sequência de análise aprofundada dos elementos recolhidos, o Ministério Público apurou que tais factos, se integram numa realidade mais vasta".

"Atenta a natureza e gravidade destes crimes e os diferentes bens jurídicos protegidos pelas respetivas normas incriminadoras, o Ministério Público decidiu que a investigação relativa aos factos cometidos em Tancos deveria prosseguir no âmbito de um inquérito com objeto mais vasto a ser investigado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)", diz o comunicado.


O furto de material de guerra em paióis de Tancos foi detetado no dia 28 de junho.

Diário de Notícias (em atualização)

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