A greve que decorre na Polícia
Nacional (PN) vai beliscar as relações entre a instituição e o Governo, disse
hoje a UCID.
Uma das razões, segundo António
Monteiro, tem que ver com aquilo a que chama de ameaça do Governo aos agentes
abrangidos pela requisição civil. Em entrevista à Rádio Morabeza, o presidente
da UCID lembra que existem regras, e as consequências do não cumprimento da requisição
em caso de greve são óbvias, mas que “não deve ser em tom de ameaça”.
“De certeza absoluta que irá
beliscar. Ainda ontem nós ouvimos e lemos, em tom de ameaça, que os polícias
que foram alvo da requisição civil e que, por uma razão ou por outra, não
compareceram nos serviços irão ter que responder perante o senhor ministro. Eu
penso que isso não se deve dizer publicamente".
O líder da UCID entende que a
greve na Polícia Nacional fere a imagem de Cabo Verde. Por isso, pede a
intervenção do primeiro-ministro para que a segurança seja garantida nesta
quadra festiva.
“O Governo ainda vai a tempo de
sentar-se à mesa. O senhor primeiro-ministro que se envolva nesse assunto para
que os policias suspendam a greve".
Os agentes da Polícia nacional cumprem
hoje o segundo dos três dias de greve.
Os agentes reivindicam
actualização salarial, redução da carga horária, introdução de regulamento de
trabalho, pagamento de subsídio de condição policial ao pessoal policial da
Guarda Fiscal, com efeitos retroactivos…
Para António Monteiro, o Governo
deve sentar-se com o sindicato e esclarecer que o país não consegue, neste
momento, resolver aquilo que foi acordado.
Fretson Rocha e Lourdes Fortes |
Expresso das Ilhas
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