sábado, 11 de março de 2017

Brasil. UMA AGENDA PARA DESTRUIR UM PAÍS


Mesmo com um movimento mundial que demonstra que o ajuste fiscal só aprofunda a crise econômica, Meirelles propõe tal ajuste para a retomada do crescimento

Esther Dweck - Carta Maior

O governo Temer tem se aproveitado de diversas medidas dos governos Lula e Dilma. A transposição do Rio São Francisco é talvez o exemplo mais emblemático. Outro exemplo é o “Conselhão”, criado por Lula em 2003, para dialogar com a Sociedade Brasileira, com academia, trabalhadores e empresários, foi reconfigurado pelo governo Temer.

Ontem, houve uma apresentação do Ministro Meirelles para o “Conselhão”. A apresentação poderia se chamar como destruir um projeto de desenvolvimento inclusivo, mas segundo ele é a pauta para retomada do crescimento. Os pontos apresentados por ele deixariam os ideólogos do Consenso de Washington com inveja: como não pensaram em tanta maldade junta.

O neoliberalismo começou em 1973, com um golpe de Estado no Chile. No Brasil, ele entrou por via eleitoral e, justamente por isso, foi mais tímido do que em outros países. A memória do regime militar e toda a agenda defendida na Constituição Cidadã ainda estavam muito frescos durante os Governos Collor e FHC para que fossem destruídos os pilares básicos da Constituição. Não faltaram tentativas, mas os instrumentos não foram destruídos.

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