Martinho Júnior | Luanda
Em
saudação ao 11 de Novembro de 2017, 42º aniversário da independência de Angola,
com uma atenção especial em relação a Cabinda.
Nota
prévia:
Há
questões que os historiadores, que se debruçam sobre os fenómenos da
colonização e da descolonização, parece deixar deliberadamente em aberto, ou
abordar “de-ânimo-leve”, por que elas respondem às sensibilidades no sul,
quando eles, no mínimo por que prevalece uma “lei do menor
esforço” (e não é só isso, são questões doutrinárias e ideológicas que
estão em jogo), se limitam à focagem que vai interessando, ou é da conveniência
ao norte!
Perguntas
sobre a mesa:
Há
também aí o impacto da preocupação sobre o “mercado”?... só se vendem
novidades quando elas se coadunam com as sensibilidades correntes a norte?
A
visão sustentada pelos argumentos a sul “não dão lucro”?
Estaremos
nós a sul atentos a esse fenómeno que coloca em tensão os renitentes
estruturalistas face a face àqueles que perfilham as fórmulas dialécticas de
abordar as questões históricas?
Teremos
capacidade crítica para tocar nessas “feridas”?
Há
em relação a Cabinda coisas deliberadamente escondidas que possibilitam a
mentalidade sistematizada de ingerência e manipulação na tentativa de inibirem
as capacidades do movimento de libertação em África e apoiarem a subversão em
torno da(s) Flec(s)?
Quando
a este nível se está presente em debate de ideias no âmbito do interminável
diálogo norte – sul, por que razão os historiadores a norte se têm sentido
inibidos ao retrair o leque de suas fontes, num ambiente cada vez mais
disponivelmente globalizado?
Estarão
ou não esses historiadores a produzir obra que é uma sequência contemporânea da
linha panfletária da “a-psic” colonial?
Até
que ponto se passou da descolonização físico-geográfica para a descolonização
mental?
Por
que razão, apesar de tanto manancial informativo, os historiadores a norte
estão a esquecer que as autoridades coloniais portuguesas ao assumirem “a
africanização da guerra” têm que ver com a orientação dos
etno-nacionalismos (no caso angolano têm que ver com a FNLA, com a UNITA e com
a FLEC), contra o movimento de libertação em África e, em Angola,
deliberadamente contra o MPLA?
Por
que razão os historiadores portugueses de contingência, esquecem-se da
abordagem do historiador René Pélissier que destrinçou movimento de libertação
dos etno-nacionalismos?
Porquê
tanta auto-censura, ainda hoje, a norte, no Portugal do 25 de Novembro de 1975?
Não
será a questão de Cabinda um constante e disponível “cavalo de
tróia” semeado pelo mais obscurantista e conservador colonialismo, na
tentativa do náufrago Diogo Cão das caravelas sobreviver à tona de qualquer
líquido até hoje?
Por
quê e para quê a persistência deste contencioso sempre latente
Prova
contemporânea do saudosismo colonial que é cultivado pela mentalidade não
descolonizada e filtrada a partir dos Estados Unidos – “SANZALANGOLA” – https://www.facebook.com/groups/96499976034/
Afinal
de quem é Angola? – https://www.youtube.com/watch?v=WOfa06UqDq8; https://www.youtube.com/watch?v=thHk3RnNA9M
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