Macau, China, 23 jan (Lusa) - Os
casos de gripe em Macau estão a aumentar desde final de dezembro, tendo sido
registados 181 em mil adultos que na semana passada recorreram às urgências
hospitalares, afirmou hoje o diretor dos Serviços de Saúde.
"De acordo com os dados de
monitorização hospitalar, o vírus da 'influenza' está muito ativo, o que
significa que já entrámos no auge da ocorrência da gripe, mas apesar de um
número elevado de casos, ainda se podem registar mais aumentos", disse Lei
Chi Ion, em conferência de imprensa.
Na última semana, 181 adultos em
mil atendidos nas urgências hospitalares tinham gripe contra 49 (em mil) na
primeira semana do ano e 33 casos nos últimos sete dias de 2017, segundo os
dados disponíveis.
Nas urgências pediátricas, em
cada mil crianças atendidas 213 tinham gripe, contra 154 (em mil) na primeira
semana de 2018.
"No final de dezembro,
começou a época da gripe sazonal e, em quase um mês, a situação está a
agravar-se", indicou Lei Chi Ion, sublinhando que "até agora não
foram registados casos de risco de vida ou morte".
O responsável apelou à população
para se vacinar "o mais depressa possível", lembrando que "foram
adquiridas para 2017-2018 120 mil doses de vacina e 103.500 pessoas já se
vacinaram", disse.
Também na conferência de
imprensa, o chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Lam Cheong,
considerou não existir uma relação direta entre poluição atmosférica e o número
de doentes que acudiu ao hospital.
"Penso que nenhum país
consegue ter esse número", disse numa resposta a questões sobre a poluição
do ar em Macau. Na segunda-feira, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de
Macau registaram uma concentração de partículas PM 2.5 oito vezes superiores
aos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de acordo com a Rádio
Macau.
Em cada 100 pacientes, 33 têm
doenças respiratórias, mas não se consegue distinguir se estão relacionadas com
a poluição ou se com doenças, nomeadamente nesta época, com a gripe, afirmou o diretor
substituto do Centro Hospitalar Conde S. Januário, Lei Wai Seng.
Para Lei Chi Ion, o aumento de
doenças respiratórias deve-se sobretudo à gripe. "A qualidade do ar pode
afetar, mas não é predominante".
EJ // FPA
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