A família Frade, de Belas, no
concelho de Sintra, com duas crianças, de cinco e 13 anos, foi a a protagonista
do segundo episódio do polémico Supernanny, transmitido este domingo à noite
pela SIC, apesar do coro de protestos, que se têm avolumado.
A Comissão Nacional de Promoção
dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) já recebeu mais de duas
dezenas queixas contra o programa e pedidos de ajuda de familiares de algumas
crianças envolvidas.
Segundo a presidente daquele
organismo, Rosário Farmhouse, "os familiares pediram-nos ajuda para lidar
com a situação e foram encaminhados para as CPCJ [Comissões de Proteção de
Crianças e Jovens] locais para eventual aplicação de medida de promoção e proteção".
Rosário Farmhouse revelou, ainda,
que a criança protagonista do primeiro episódio estaria a ser vítima de
bullying na escola e que o pai tentou impedir a exibição do episódio, após ter
visto as imagens que serviram de promoção ao programa.
Insultos e agressões
Este domingo, pôde ver-se o
dia-a-dia caótico de Teresa e Paulo Frade, uma cabeleireira e um gerente de
loja, nitidamente ultrapassados pelos dois filhos, a adolescente Lara e o
pequeno Francisco, que berra, insulta e até bate na mãe.
Seguindo o guião do programa (que
leva 15 anos de exibição nalguns países) as câmaras da SIC, acompanhando a
psicóloga Teresa Paula Marques, entram no quotidiano da família, expõem as
crianças, as suas birras, fragilidades, os choros e até o momento do banho do
pequeno Francisco. A polémica está para durar.
Reis Pinto | Jornal de Notícias
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