domingo, 4 de março de 2018

PORTUGAL | As fotografias de Amélia, a grande senhora do teatro português


Não é apenas um nome numa lápide da base de um busto - é nome de mulher, de atriz, de empresária, mulher de coragem, diretora do Teatro Nacional. Amélia Rey Colaço nasceu a 2 de março de 1898, precisamente há 120 anos.

Há mais de um século, ser mulher podia ser dramático e Amélia Rey Colaço fez dessa condição uma arma e, por isso, agora o diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II anuncia uma bolsa para jovens companhias com o nome desta mulher, Rey Colaço, em dia de aniversário. É o futuro escorado no passado.

"É uma bolsa para jovens criadores e companhia emergentes que tenham até um máximo de cinco encenações e que poderão concorrer e receber meios de produção, uma coprodução, espaços de apresentação ou ensaios", explica Tiago Rodrigues.

A bolsa do D. Maria tem dois parceiros - o Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo e o Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães.

"Dar-lhe o nome de Amélia Rey Colaço no dia em que se celebram os 120 anos do seu nascimento, é de alguma forma, mais uma vez, contrariar a perceção de que Amélia Rey Colaço é só esse nome lapidar, de estátua. É muito mais do que é isso. É um nome de risco, de aposta corajosa nos mais novos e na experimentação".

No foyer do Teatro Nacional D. Maria II, inaugura esta sexta-feira às 17h uma exposição de fotografias. "Amélia" tem curadoria de Cláudia Madeira, Filipe Figueiredo e Teresa Flores, todos especialistas em fotografia de cena.

José Carlos Barreto | TSF

Foto: Teatro Nacional D. Maria II/DR

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