7 ANOS DE GUERRA NA SÍRIA
Em 2016, quando a TSF falou com
Moammar Omran, ele estava a recuperar dos ferimentos sofridos em Alepo. Este
apoiante de Bashar Al Assad esteve dois anos no exército, mas agora só quer paz.
Moamma Omran diz que o que
aconteceu na Síria em 2011 não foi uma revolução para derrubar o presidente,
porque se as circunstâncias tivessem sido outras talvez ele também se juntasse
aos manifestantes.
Admite que o país precisava de
alguns mudanças, mas não de liberdade, "nós tínhamos liberdade antes de
2011, depois é que deixámos de ter. Não podemos ir a lado nenhum, não podemos
fazer nada do que queremos. Eu trabalhava em Raqqa mas depois de 2011 não pude
regressar ao emprego. O meu trabalho em Raqqa acabou".
Este engenheiro refere que os
protestos pacíficos em Homs só duraram dois dias, depois os manifestantes
pegaram em armas e dispararam contra a polícia. Garante ainda que os
manifestantes eram extremistas islâmicos que queriam expulsar do país todos os
que não concordassem com a visão que têm do Islão.
Em 2014, e sem trabalho, Moammar
Omran juntou-se ao exército. Ele diz que na altura só lhe deram três opções,
"a primeira era ficar a assistir sem fazer nada, apenas ver o que se
passava. A segunda era sair do país e a terceira era juntar-me ao exército. Eu
não podia ficar a ver o meu país a arder, por isso só podia tornar-me soldado.
Servi em Alepo, combati com o Daesh e fui ferido com três balas no peito.
Deixei de poder servir o exército".
De regresso a Homs, onde sempre
viveu, Moammar faz uma avaliação positiva da ação de Bashar Al Assad nestes
sete anos de guerra. "Durante esta crise o que o meu presidente fez,
ninguém faria melhor. O sangue que derramámos era preciso para ficarmos livres
dos ataques externos, e eu perdi amigos mesmo à minha frente. Acho que nestes
últimos sete anos ele foi excelente e não podia ter sido melhor".
Em 2011 o presidente não podia
ter convocado eleições livres e justas porque o país não estava preparado,
defende.
Sem comentários:
Enviar um comentário