É esperada esta terça-feira
(24.04), em Bissau, uma missão da CEDEAO que deverá ficar no país até à tomada
de posse do novo Executivo. Primeiro-ministro promete solução para crise
energética só depois de formar Governo.
A missão da Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) será liderada pelo chefe da diplomacia
do Togo, Robert Dussey, que deverá reunir-se com as autoridades e atores
políticos, "no quadro da implementação das recomendações da cimeira
de Lomé", revelou fonte oficial.
A delegação da CEDEAO deverá
ficar em Bissau até à tomada de posse dos membros do novo Governo, que poderá
ser anunciado até sexta-feira. A composição do novo elenco continua a ser
discutida. E apesar dos progressos alcançados, persistem ainda alguns pontos de
discórdia.
"Não há grandes pontos de
estrangulamentos, mas é preciso discutir. Não será um governo extenso",
disse o novo
primeiro-ministro, Aristides Gomes, quando questionado pelos jornalistas
sobre se havia dificuldades na formação do Governo.
O primeiro-ministro, que esteve
reunido na segunda-feira (23.04) com o Presidente José Mário Vaz, precisou que
o novo Governo deverá estar concluído "talvez antes de sexta-feira"
para ser apresentado ao chefe do Estado, que emitirá um decreto a anunciar os
nomes.
Crise energética
Entretanto, a capital, Bissau,
está sem luz e água canalizada há quatro dias. O novo primeiro-ministro diz que
só se vai debruçar sobre a crise energética depois de formar o Governo.
Aristides Gomes disse compreender
que exista uma crise energética em Bissau, que está às escuras desde
quinta-feira passada, mas afirmou que o país tem "muitas
dificuldades".
"Há muita coisa em que o
país está em dificuldades, mas vamos fazer tudo para começar a atacar estes
problemas, sem Governo não se pode fazer nada", observou o
primeiro-ministro que lidera as negociações entre os cinco partidos representados
no Parlamento para formação do Executivo.
Um grupo de cidadãos questionou a
direção da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) os motivos
pelos quais Bissau está sem energia e água canalizada há quatro dias e promete
continuar a interpelar as autoridades sobre o assunto.
O grupo de cidadãos promete
dirigir-se terça-feira (24.04) ao gabinete do ministro, demissionário, da
Energia, Florentino Pereira, para questioná-lo sobre o que se passa com a EAGB,
cuja direção diz não ter uma resposta sobre os problemas por que passa a
empresa.
Braima Darame (Bissau), Agência
Lusa | em Deutsche Welle
Na foto: Presidente da comissão
da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou (centro), foi recebido pelo Presidente José
Mário Vaz (dir.) há duas semanas
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