A partir de 1909, preocupados em
criar uma nação turca racialmente homogênea, os Jovens Turcos multiplicam as
exigências contra os armênios da Ásia Menor.
Seiscentos armênios de Istambul
são assassinados em 24 de abril de 1915 por ordem do governo do Império
Otomano. É o começo do primeiro genocídio do século XX. Um milhão e meio de
pessoas foram exterminadas.
Na Primeira Guerra Mundial (1914-1919), o território armênio foi dividido entre os russos, aliados da França e do Reino Unidos, e os turcos, aliados da Alemanha e da Áustria. A Armênia só obteria sua independência em 1991.
Cerca de dois milhões de armênios habitavam o país no final do século 19 sobre uma população total de 36 milhões de habitantes.
Nos anos que precedem a Primeira Guerra Mundial, a decadência do Império Otomano se acelera e o sultão Abdul-Hamid II não hesita em atiçar o ódio religioso a fim de consolidar seu poder. Entre 1894 e 1896, como os armênios reclamavam reformas e uma modernização das instituições, o sultão ordena o massacre de 200 mil a 250 mil armênios com o apoio de curdos das montanhas.
Um milhão de armênios são despojados de seus bens e alguns milhares convertidos à força. Centenas de igrejas cristãs são queimadas ou transformadas em mesquitas. Na região de Van, coração da Armênio histórica, não menos de 350 aldeias são riscadas do mapa.
Na Primeira Guerra Mundial (1914-1919), o território armênio foi dividido entre os russos, aliados da França e do Reino Unidos, e os turcos, aliados da Alemanha e da Áustria. A Armênia só obteria sua independência em 1991.
Cerca de dois milhões de armênios habitavam o país no final do século 19 sobre uma população total de 36 milhões de habitantes.
Nos anos que precedem a Primeira Guerra Mundial, a decadência do Império Otomano se acelera e o sultão Abdul-Hamid II não hesita em atiçar o ódio religioso a fim de consolidar seu poder. Entre 1894 e 1896, como os armênios reclamavam reformas e uma modernização das instituições, o sultão ordena o massacre de 200 mil a 250 mil armênios com o apoio de curdos das montanhas.
Um milhão de armênios são despojados de seus bens e alguns milhares convertidos à força. Centenas de igrejas cristãs são queimadas ou transformadas em mesquitas. Na região de Van, coração da Armênio histórica, não menos de 350 aldeias são riscadas do mapa.
Esses massacres planejados tinham
todas as características de um genocídio. As potências ocidentais se
contentaram em emitir protestos formais. O sultão tenta se posicionar como
chefe espiritual de todos os muçulmanos em sua condição de califa. Manda construir
a estrada de ferro de Hedjaz para facilitar a peregrinação a Meca. Aproxima-se
também do kaiser Guilherme II da Alemanha. Contudo, é deposto em 1909 pelo
movimento nacionalista que ficou conhecido como Jovens Turcos, que o acusa de
abrir o império aos apetites estrangeiros e de se mostrar leniente com os
árabes.
Eles instalam no poder um Comitê União e Progresso, dirigido por Enver Pachá e indicam novo sultão. Outorgam ao país uma constituição e toma emprestado da Revolução Francesa o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Porém, o império caminha rumo a um nacionalismo ainda mais estreito.
A partir de 1909, preocupados em criar uma nação turca racialmente homogênea, os Jovens Turcos multiplicam as exigências contra os armênios da Ásia Menor. Em 1º de abril de 1909 acontece em Adana a morte de 20 mil a 30 mil deles.
Os Jovens Turcos lançam campanhas de boicote ao comércio de propriedade de gregos, judeus e armênios. Quando estala a guerra em agosto de 1914, o sultão é pressionado a entrar no conflito ao lado das potências centrais – Alemanha e Áustria – contra a Rússia e os ocidentais. O turcos tentam sublevar em seu favor os armênios da Rússia, porém são derrotados pelos russos em Sarikamish em 29 de dezembro.
O Império Otomano é invadido. O exército turco perde 100 mil homens. Bate em retirada e, exasperado, multiplica a violência contra os armênios nos territórios que atravessa. Os russos conseguem atrair para si os armênios da Turquia. Em 7 de abril de 1915, a cidade de Van, no leste da Turquia, subleva-se e proclama um governo armênio autônomo.
Os Jovens Turcos aproveitam a ocasião para levar a cabo seu projeto de eliminar a totalidade dos armênios da Ásia Menor. No total, desapareceram durante o verão de 1915 dois terços da população armênia sob a soberania otomana.
O Tratado de Sèvres, assinado em 10 de agosto de 1920 entre os Aliados e o Império Otomano, previu levar a julgamento os responsáveis pelo genocídio. No entanto, o sobressalto nacionalista de Mustafá Kemal Ataturk atropela essas resoluções e as empurra para uma anistia geral em 31 de março de 1923.
Eles instalam no poder um Comitê União e Progresso, dirigido por Enver Pachá e indicam novo sultão. Outorgam ao país uma constituição e toma emprestado da Revolução Francesa o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Porém, o império caminha rumo a um nacionalismo ainda mais estreito.
A partir de 1909, preocupados em criar uma nação turca racialmente homogênea, os Jovens Turcos multiplicam as exigências contra os armênios da Ásia Menor. Em 1º de abril de 1909 acontece em Adana a morte de 20 mil a 30 mil deles.
Os Jovens Turcos lançam campanhas de boicote ao comércio de propriedade de gregos, judeus e armênios. Quando estala a guerra em agosto de 1914, o sultão é pressionado a entrar no conflito ao lado das potências centrais – Alemanha e Áustria – contra a Rússia e os ocidentais. O turcos tentam sublevar em seu favor os armênios da Rússia, porém são derrotados pelos russos em Sarikamish em 29 de dezembro.
O Império Otomano é invadido. O exército turco perde 100 mil homens. Bate em retirada e, exasperado, multiplica a violência contra os armênios nos territórios que atravessa. Os russos conseguem atrair para si os armênios da Turquia. Em 7 de abril de 1915, a cidade de Van, no leste da Turquia, subleva-se e proclama um governo armênio autônomo.
Os Jovens Turcos aproveitam a ocasião para levar a cabo seu projeto de eliminar a totalidade dos armênios da Ásia Menor. No total, desapareceram durante o verão de 1915 dois terços da população armênia sob a soberania otomana.
O Tratado de Sèvres, assinado em 10 de agosto de 1920 entre os Aliados e o Império Otomano, previu levar a julgamento os responsáveis pelo genocídio. No entanto, o sobressalto nacionalista de Mustafá Kemal Ataturk atropela essas resoluções e as empurra para uma anistia geral em 31 de março de 1923.
Max Altman* | São Paulo | Opera
Mundi | 24/04/2011 - 08h30
Imagem: Armênios deportados em
marcha-Wikicommons
*Max Altman (1937-2016), advogado
e jornalista, foi titular da coluna Hoje na História da fundação do site, em
2008, até o final de 2014, tendo escrito a maior parte dos textos publicados na
seção. Entre 2014 e 2016, escreveu séries especiais e manteve o blog Sueltos em
Opera Mundi.
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