Bissau, 13 nov (Lusa) - O
recenseamento de potenciais eleitores para as legislativas na Guiné-Bissau
"decorre normalmente e em ritmo aceitável", tendo sido inscritos até
ao último domingo, 552 mil cidadãos, disse hoje à Lusa fonte do Gabinete
Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).
Os dados não contemplam o registo
de potenciais eleitores da diáspora.
Segundo a fonte, o registo de
potenciais eleitores tem decorrido "de forma tranquila e rápida" no
interior do país, mais do que na capital, Bissau, onde, acrescentou, os
cidadãos "denotam alguma apatia em se recensearem".
"Até parece que há zonas em
Bissau em que as pessoas não se querem inscrever", indicou a fonte do
GTAPE, admitindo a possibilidade de o recenseamento ser prolongado para além de
20 de novembro, de forma a alcançar "pelo menos 75% dos potenciais
eleitores" previstos.
Estimativas do GTAPE apontam para
um total de 886.922 potenciais eleitores.
A mesma fonte desconhece a data
em que os restantes 145 'kits' de equipamentos de registo biométrico prometidos
pela Nigéria e os 140 anunciados por Timor-Leste deverão estar disponíveis.
Os dois países têm ajudado no
processo do registo de eleitores, tendo já disponibilizados 215 'kits',
atualmente em uso.
A nível da Europa, nomeadamente
em Portugal, o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), José Pedro
Sambu disse que o recenseamento decorre "com total normalidade" o que
já não se observa em Franca, onde, notou, "há alguns
constrangimentos" derivado de desentendimentos entre a embaixada guineense
e os elementos da equipa técnica enviada de Bissau.
"A entidade encarregue de
fazer o recenseamento não recebeu o apoio da embaixada local, mas alguns
cidadãos do nosso país disponibilizaram apoios para facilitar os
trabalhos", referiu Pedro Sambu, através de um comunicado da CNE a que a
Lusa teve acesso.
O presidente da CNE, que esteve
recentemente em Portugal e em França, em missão de supervisão do recenseamento,
considerou necessário reforçar os 'kits' em território francês.
A mesma recomendação foi feita
pelos responsáveis da CNE que estiveram no Senegal, na Gâmbia e na
Guiné-Conacri.
Também constataram uma
"fraca campanha de informação" aos cidadãos guineenses nesses países,
sobre o andamento do recenseamento de potenciais eleitores.
MB // PVJ
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