quinta-feira, 16 de maio de 2019

Mais um chico-esperto luso, além de Berardo


Quando abre a caça a determinadas espécies especificas diz-se que elas ficam na mira e é no período designado pela lei que são abatidas. Umas vezes abre a caça às rolas, outras aos javalis, aos patos, etc. 

Parece que a caça aos parolos cidadãos portugueses por parte dos xicos-espertos está sempre em período aberto. Em poucos dias deram uso às suas artes de disparar a xica-espertice dois notáveis da elite lusa, Berardo, o conhecido ricaço com o dinheiro dos outros, e Manuel Clemente, patriarca. Um, pecador, e outro da santa madre igreja católica apostólica romana. Um santo?

Sobre Berardo já correu demasiada tinta, voz e imagens a especificar as suas diatribes, arrogâncias, taras e manias. Sobre Manuel Clemente é que dá para ficarmos pasmados ao  afirmar que a interferência tendenciosa no período eleitoral das europeias, que está a decorrer, não é de sua responsabilidade mas sim de quem "faz" a página no Facebook, um gestor - como se fosse possível acreditarmos que o que a dita igreja publica e afirma, propagando, não é de seu conhecimento. Principalmente num período eleitoral absolutamente melindroso. Então o que é que está ali a fazer sendo chefe da igreja? Em vez de um podemos contar, neste caso, com dois xicos-espertos, o gestor da página no Facebook e o patriarca? Em conluio? Que coisa!


Manuel Clemente faz lembrar os outros xico-espertos que quando vão ao parlamento ou mesmo em tribunal dizem que não sabem, não se lembram, até nunca entraram neste ou naquele banco em que participam nas mixórdias e etc.

Maduramente pode concluir-se que este senhor Clemente está no grupo do senhor Berardo e de muitos mais xicos-espertos. Se é mais grave ou menos greve fica para os que queiram usar as tabelas da legalidade, da transparência, da honestidade, da palavra de honra, da verdade. Fartos de aldrabões e xicos-espertos estamos todos nós. Eles abundam e reproduzem-se como ninhadas de ratazanas.

Não se destinando a fazer aqui reprodução sobre as eleições europeias (no PG não damos para esse "peditório", como já afirmámos em "Fogos em Portugal: Desastre terreno e aéreo que custa muitos milhões") não resistimos a seguidamente deixar à curiosidade dos interessados a ligação ao caso que dá origem a estes parágrafos e às nossas perspetivas de análise. Trabalho de Liliana Borges no jornal Público. Sirvam-se e bom proveito.

Redação PG

Patriarcado partilhou apelo ao voto em partidos “pró-vida”. Manuel Clemente atribui decisão a gestor do Facebook

Horas depois da partilha, o Patriarcado de Lisboa recuou com a publicação e apagou-a das redes sociais, por reconhecer as interpretações políticas que suscitava em plena campanha pelas eleições europeias.

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