O presidente iraniano, Hassan
Rouhani, disse neste sábado (6) que as sanções impostas a Teerão pelos EUA são
um "ato de terrorismo".
Rouhani também alertou a
comunidade internacional de que a continuidade de tal "guerra económica" afetaria o mundo inteiro, conforme publicou seu serviço de
assessoria de imprensa.
"A continuação desta guerra económica pode levar a outras ameaças na região e no mundo", disse
Rouhani, segundo o comunicado.
As afirmações fizeram parte de
uma conversa telefónica com o presidente da França, Emmanuel Macron, a quem o presidente iraniano também cobrou esforços da União Europeia para preservar o
acordo nuclear do Irão, do qual os Estados Unidos se retiraram há um ano.
Escalada na tensão
Em maio de 2018, o presidente dos
EUA, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos se retirariam do Plano
Conjunto de Ação Integral (JCPOA) devido às supostas violações do acordo pelo Irão.
Logo depois de deixar o JCPOA, os
Estados Unidos reimpuseram sanções económicas contra o Irão - que haviam sido
levantadas como parte do acordo nuclear.
Já em maio deste ano, o Irão anunciou que o país suspendeu parcialmente suas obrigações sob o acordo
nuclear. Teerão também deu início a um prazo de 60 dias - até 7 de julho - para
que os outros signatários do acordo encontrassem uma maneira de proteger o Irão da pressão de sanções dos EUA, mantendo o JCPOA.
No início da semana, o ministro
das Relações Exteriores do Irão, Mohammad Javad Zarif, confirmou que o país já ultrapassou o limite de 300 quilos do JCPOA de estoque
de urânio pouco enriquecido.
O Irão também alertou que, caso as
condições apresentadas não sejam alcançadas, a partir de 7 de julho o país
começaria a enriquecer urânio acima do limite de 3,67% previsto pelo JCPOA.
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